Com a revolução de 30. Modificações importantes ocorreram nos campos políticos, econômicos e sociais. Primeiro foi o fechamento do Congresso Nacional e das Assembléias Legislativas estaduais e municipais.
Getulio Vargas passou a governar por meio de decretos-leis. Limitou-se o poder dos Estados. O executivo federal tornou-se todo-poderoso. Uma ditadura foi instalada no país.
A economia permaneceu voltada basicamente para a agricultura, mas havia uma preocupação em acelerar a industrialização do país.
A questão social, passou a ser vista como uma questão política. Ao mesmo tempo que adotava uma legislação que atendia antigas reivindicações dos trabalhadores, o governo passou a interferir na atividade sindical.
Os sindicatos ficavam vinculados diretamente ao Ministério do Trabalho. Adotou-se o principio da unidade sindical: legalmente, só era possível a existência de um sindicato por categoria profissional.
Diferentes forças militares e variados segmentos sociais haviam participado da revolução. A medida que o governo Vargas adotou propostas mais centralizadoras e autoritárias, setores mais liberais começaram a fazer oposição ao regime.
Em julho de 1932, São Paulo levantou-se em armas. Os paulistas sentiam-se preteridos pelo governo federal. Exigia o fim da ditadura e maior autonomia estadual. São Paulo, o Estado mais poderoso vinha perdendo forças.
A chamada Revolução Constitucionalista de 1932 mobilizou os mais variados setores da sociedade: cafeicultores, classe media, industriais.
São Paulo foi derrotado militarmente, mas conseguiu importantes ganhos políticos. Em maio de 1933 ocorreram as eleições para a Assembléia Nacional Constituinte, instalada no dia 15 de novembro.
A nova Constituição, aprovada em julho do ano seguinte, foi orientada por princípios liberais-democráticos. Amplio os direitos políticos da população, estabeleceram eleições diretas para todos os níveis. Pela primeira vez na história do Brasil, as mulheres podiam votar.
A constituição também retomou o principio da liberdade e da autonomia sindical, existente no país antes de 1930. Adotavam-se algumas medidas nacionalistas. As jazidas minerais e quedas d’ água, julgadas para a defesa econômica ou militar do país, deveriam ser nacionalizadas progressivamente.
A Constituição liberal de 1934 teve uma vida curta. Por que com o fim da primeira guerra mundial, idéias autoritárias proliferaram em todo o mundo e a democracia liberal entrou em crise.
O nazismo, o fascismo e o comunismo surgiam como alternativas ao modelo liberal-democrático. No Brasil, com o fim do regime ditatorial e a implantação de um regime constitucional, o processo político radicalizou-se. A vida sindical renasceu. Dois importantes movimentos mobilizaram as classes médias.
De um lado, a Ação Integralista Brasileira (AIB), criada em 1932 com um caráter profundamente nacionalista e antiliberal e era dirigido por Plínio Salgado, era “Deus, Pátria e Família”.
De outro lado estava a Aliança Nacional Libertadora (ANL), criada em março de 1935. Era inspirada na proposta das frentes populares da Europa, que tinham o objetivo de deter o avanço do nazi-fascismo em escala mundial.
Composta por socialistas, comunistas, católicos e liberais, a ANL combatia o governo Vargas e se propunha defender os interesses ameaçados das classes populares por meio da luta contra o imperialismo e o latifúndio. Tendo como líder comunista Luis Carlos Prestes.
Como resposta o governo acenou com uma série de medidas repressivas, entre elas a lei de Segurança Nacional. Em julho de 1935, quatro meses após a sua fundação, a ANL foi colocada na ilegalidade.
A proposta de derrubar Vargas por meio de uma insurreição armada pelo Partido Comunista foi ganhando força. A proposta recebeu adesão de alguns militares remanescentes do tenentismo.
Em novembro de 1935, eclodiu a revolta liderada pelos comunistas. O comunismo passou a ser o inimigo numero 1 do governo. Milhares de pessoas foram presas em todo o país. O Congresso passou a aprovar todas as medidas pelo o executivo. O legislativo foi recuando e cedendo espaço para o fortalecimento de Vargas.
Em setembro de 1936 foi criado o Tribunal de Segurança Nacional, para julgar os crimes das pessoas acusadas de envolvimento com o levante comunista. Vargas consolidou sua aliança com os militares, com os empresários, com a igreja e com os integralistas
O clima golpista voltou a se acender em setembro de 1937, quando foi apresentado a nação um documento, sobre nova revolta que supostamente eclodiria em breve no país. Esse documento falso ficou conhecido como Plano Cohen.
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O GOVERNO DE VARGAS
A revolução de 30
Com a revolução de 30. Modificações importantes ocorreram nos campos políticos, econômicos e sociais. Primeiro foi o fechamento do Congresso Nacional e das Assembléias Legislativas estaduais e municipais.
Getulio Vargas passou a governar por meio de decretos-leis. Limitou-se o poder dos Estados. O executivo federal tornou-se todo-poderoso. Uma ditadura foi instalada no país.
A economia permaneceu voltada basicamente para a agricultura, mas havia uma preocupação em acelerar a industrialização do país.
A questão social, passou a ser vista como uma questão política. Ao mesmo tempo que adotava uma legislação que atendia antigas reivindicações dos trabalhadores, o governo passou a interferir na atividade sindical.
Os sindicatos ficavam vinculados diretamente ao Ministério do Trabalho. Adotou-se o principio da unidade sindical: legalmente, só era possível a existência de um sindicato por categoria profissional.
Diferentes forças militares e variados segmentos sociais haviam participado da revolução. A medida que o governo Vargas adotou propostas mais centralizadoras e autoritárias, setores mais liberais começaram a fazer oposição ao regime.
Em julho de 1932, São Paulo levantou-se em armas. Os paulistas sentiam-se preteridos pelo governo federal. Exigia o fim da ditadura e maior autonomia estadual. São Paulo, o Estado mais poderoso vinha perdendo forças.
A chamada Revolução Constitucionalista de 1932 mobilizou os mais variados setores da sociedade: cafeicultores, classe media, industriais.
São Paulo foi derrotado militarmente, mas conseguiu importantes ganhos políticos. Em maio de 1933 ocorreram as eleições para a Assembléia Nacional Constituinte, instalada no dia 15 de novembro.
A nova Constituição, aprovada em julho do ano seguinte, foi orientada por princípios liberais-democráticos. Amplio os direitos políticos da população, estabeleceram eleições diretas para todos os níveis. Pela primeira vez na história do Brasil, as mulheres podiam votar.
A constituição também retomou o principio da liberdade e da autonomia sindical, existente no país antes de 1930. Adotavam-se algumas medidas nacionalistas. As jazidas minerais e quedas d’ água, julgadas para a defesa econômica ou militar do país, deveriam ser nacionalizadas progressivamente.
A Constituição liberal de 1934 teve uma vida curta. Por que com o fim da primeira guerra mundial, idéias autoritárias proliferaram em todo o mundo e a democracia liberal entrou em crise.
O nazismo, o fascismo e o comunismo surgiam como alternativas ao modelo liberal-democrático. No Brasil, com o fim do regime ditatorial e a implantação de um regime constitucional, o processo político radicalizou-se. A vida sindical renasceu. Dois importantes movimentos mobilizaram as classes médias.
De um lado, a Ação Integralista Brasileira (AIB), criada em 1932 com um caráter profundamente nacionalista e antiliberal e era dirigido por Plínio Salgado, era “Deus, Pátria e Família”.
De outro lado estava a Aliança Nacional Libertadora (ANL), criada em março de 1935. Era inspirada na proposta das frentes populares da Europa, que tinham o objetivo de deter o avanço do nazi-fascismo em escala mundial.
Composta por socialistas, comunistas, católicos e liberais, a ANL combatia o governo Vargas e se propunha defender os interesses ameaçados das classes populares por meio da luta contra o imperialismo e o latifúndio. Tendo como líder comunista Luis Carlos Prestes.
Como resposta o governo acenou com uma série de medidas repressivas, entre elas a lei de Segurança Nacional. Em julho de 1935, quatro meses após a sua fundação, a ANL foi colocada na ilegalidade.
A proposta de derrubar Vargas por meio de uma insurreição armada pelo Partido Comunista foi ganhando força. A proposta recebeu adesão de alguns militares remanescentes do tenentismo.
Em novembro de 1935, eclodiu a revolta liderada pelos comunistas. O comunismo passou a ser o inimigo numero 1 do governo. Milhares de pessoas foram presas em todo o país. O Congresso passou a aprovar todas as medidas pelo o executivo. O legislativo foi recuando e cedendo espaço para o fortalecimento de Vargas.
Em setembro de 1936 foi criado o Tribunal de Segurança Nacional, para julgar os crimes das pessoas acusadas de envolvimento com o levante comunista. Vargas consolidou sua aliança com os militares, com os empresários, com a igreja e com os integralistas
O clima golpista voltou a se acender em setembro de 1937, quando foi apresentado a nação um documento, sobre nova revolta que supostamente eclodiria em breve no país. Esse documento falso ficou conhecido como Plano Cohen.