Gostaria de um resumo do livro Olhos de Rubi, de Luís Dill.
Procurei um tempão e não achei! Se vcs me puderem ajudar!
Obrigada aos que colaborarem!
Atualizada:Eu já li o livro só gostaria de um resumo como base para mim fazer o meu porque eu não sei fazer um bom resumo pois aí eu escrevo todo o livro! Eu não sei separar as melhores partes, eu não vou copiar e enviar o trabalho até porque eu vou fazer uma prova e é PROIBIDO copiar da net. Então eu só queria ter um apoio pra fazer o meu resumo na hora da prova, só isso.
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Como alguém aqui já lhe deu o resumo, coloco aqui um conto do mesmo autor., que é bem bonitão, a julga pela foto na internet.
Paracetamol
Luís Dill
Acordei e ela, é claro, tinha ido embora. Melhor assim. Havia levado para bem longe a estúpida bolsa de crochê, a risada rouca de bêbada e a conversa pretensiosa de universitária deslumbrada. Ficou apenas a brutal dor dentro da minha cabeça. Amassante a ponto de transformar Tylenol em 750 miligramas de ouro. Bebida e cigarros demais.
A luz do mundo explodia janela adentro berrando seu bom-dia fantasmagórico para minha ressaca. Tentei não dar atenção a ela e me concentrei apenas no trajeto até o banheiro. Arrastei os pés pelo pó do assoalho: iludidos pelo vinho barato, os poucos centímetros vestiam-se com as cores do deserto seco coberto de cáctus e embalado pelo calor de ferro derretido. De algum modo minha nudez ainda tatuada com os fluídos da fulaninha ofendia a tediosa manhã de mais um maldito domingo.
Sentei no vaso para executar o último movimento da clássica sinfonia. As duas primeiras partes já estavam presentes. Domingo e Ressaca. Restava compor só o fechamento, a conclusão da obra matinal. Faltava a Defecada em allegro vivace. Todos os naipes da orquestra entraram em ação, com a fúria e a urgência de um regente cheirado, enlouquecido, ávido por expulsar cada acorde na mais pesada possibilidade, certo de tencionar os instrumentos para além dos seus limites até o vazio mais fatigado.
Depois, já de pé, os rastros das lágrimas secando no rosto, vigiei o resultado sinfônico por um momento. Formatos e densidades indicando o trajeto de cada ato anterior, desde o xis-salada e a cerveja do começo da noite passada, até a garrafa de vinho branco em promoção no supermercado misturada com a conversa fiada e os beijos desajeitados da fulaninha. Tudo ali. Irremediavelmente expelido. Pronto para ser esquecido com o banal puxar da cordinha sob aplausos atropelados, borbulhantes, da audiência satisfeita.
A idéia de banho cruzou pela minha cabeça. Cruzou. Mas não ficou. Ali nos meus miolos só havia espaço para dor, feito a porcaria de um cáctus florescendo enérgico com espinhos tentando furar meu crânio pelo lado de dentro. Dane-se o banho, dane-se escovar os dentes, dane-se lavar as mãos. O importante era alcançar a farmácia.
Voltei ao quarto revirado pela noitada ainda distante do ponto de recepção da minha memória. Sólida neblina alcoólica turvava os acontecimentos, embora não fosse necessário ser brilhante para saber exatamente a ordem dos fatos. Não achei minha cueca e não me importei com isso, eu nem mesmo gostava de usá-las. Enfiei a calça, a camisa xadrez de manga curta e os sapatos. Não me dei ao trabalho de procurar pelas meias.
Na mesa da sala encontrei a carteira e um rolo de filme. Chequei-a. A pilantra não tinha tirado nada. Examinei o pequeno rolo de metal. Sorri. Aquele sol todo havia furado um canto da barreira da cerração, o suficiente para ver os flashes iluminando a escuridão do quarto tomado pelas risadas roucas dela. Nem todas se deixavam fotografar em momentos íntimos como aquele. Normalmente as mais jovens. Em geral as mais velhas usavam qualquer coisa como desculpa. Filhos, maridos, vizinhos, gordura, religião, psiquiatras, o diabo.
Eu a peguei onde todas as mulheres querem ser pegas. Elas não vão aos bares só para conversar com as amigas. Querem ser apanhadas. Não foi diferente com ela. Vinte e poucos, levemente dentuça, citou meia dúzia de escritores, filósofos, artistas e deixou clara a enorme vontade de provar a si mesma o quanto independente era. Foi fácil. Duas cervejas no balcão mesmo. Tirando aquela coisa dos dentes era bem apresentável. Carne boa em se tratando da porcaria de uma intelectual.
Ótimo. Então eu colocaria mais um espécime na minha coleção de fotos. A maioria dos registros não prestava, não possuíam o mínimo senso de enquadramento, sequer podiam beirar a classificação de pornografia amadora. De qualquer forma preenchiam o propósito de me distrair e, eventualmente, de me provocar boas risadas. Havia de tudo nos álbuns. Todas as cores, todas as alturas, todas as larguras. Havia até uma nepalesa. É, do Nepal. Veio dar curso sei lá do quê e acabou igualzinha às outras, capturada pelo olho da minha velha e brava Yashica.
Não há comédia tão deliciosa quanto ouvir alguém sustentar a babaquice sobre as diferenças entre as pessoas. Besteira. Todas mulheres são iguais. Querem homem. Primeiro o príncipe. Depois de algum tempo percebem a idiotice e se dão conta: o tal príncipe tem barriga, solta gases e gosta de um trago. Aí querem dinheiro e filhos, ou filhos e dinheiro. Umas até tentam se enganar, esbravejam, falam de princípios, disso e daquele outro, mas se afundam no esqueminha básico e quando abrem os olhos estão ensinando os filhos e as filhas da mesma maneira. Pluralidade? Lorota.
Saí de casa. Toneladas de luz desabaram em violento tumulto. Sequer fechei o portão. Precisava urgente de abrigo contra a letal estrela.
Olá!
Sou professora e, assim, não posso fazer seu trabalho por você.
Na verdade, esta categoria LIVROS E AUTORES destina-se à discussão geral entre leitores de obras.
Você não quer discutir uma obra literária nem solicita indicação ou informações sobre um livro que queira ler.
Você quer que alguém faça seu trabalho.
Sabia que existe uma categoria para isso? Ã a categoria AJUDA PARA LIÃÃO DE CASA (basta clicar no link abaixo):
http://br.answers.yahoo.com/dir/;_ylt=An3ZXrXW3rZr...
Na categoria AJUDA PARA LIÃÃO DE CASA, o pessoal é bastante simpático, solidário.
Aqui, nesta categoria LIVROS E AUTORES, as pessoas que se propõesm a FAZER A LIÃÃO POR VOCÃ, apenas COPIAM OS TEXTOS DA INTERNET, SEM INDICAR A FONTE, COMO SE FOSSEM AS AUTORAS e, isso não é permitido.
Para finalizar, quero encorajá-la a ler OLHOS DE RUBI, do gaúcho LUÃS DILL, e --- você mesma --- elaborar o resumo. Você vai se surpreender.
O autor permite que alguns dos seus textos sejam lidos na internet gratuitamente. Ã o caso do conto PARACETAMOL e um trecho de OLHOS DE RUBI (veja links indicados abaixo):
PARACETAMOL:
http://www.releituras.com/ldill_menu.asp
OLHOS DE RUBI (trecho):
http://www.ailha.com.br/luisdill/livros2.htm
Boa sorte!
Mariana
E eu gostari de ganhar na Sena, se vc puder ajudar também... :-)
: (2 pontinhos)
- Um cadáver na praia é o ponto de partida desta novela policial infanto-juvenil de LuÃs Dill. Ao investigar o caso garoto acaba tropeçando em poderosa seita religiosa, capaz de assassinar quem tentar revelar seus segredos. Uma leitura envolvente, que prenderá o leitor na trama deste autor que, cada vez mais, mostra a sua qualidade no texto policial juvenil.