Qualquer vinho pode levar o nome Reserva, Reservado ou Seleção. No geral, os termos reserva e gran reserva estão ligados ao tempo de passagem por barricas de madeira Reserva passa um tempo X e Gran Reserva passa mais tempo - coisa que tampouco garante qualidade no vinho. Assim, só conhecendo mesmo a casa produtora e confiando é que podemos comprar.
Assim, podemos dizer que - guardadas as diferenças - os vinhos são classificados como:
• Vinho de Mesa - São simples, produzidos em todo o paÃs, praticamente sem regras para sua produção. São os vinhos básicos do paÃs, geralmente respondem por de 70% ou mais da produção.
• Denominações especiais - Podem existir classificações ainda mais rÃgidas e restritivas, criando personalidades únicas em vinhos de alta qualidade. Um patamar ainda mais difÃcil de atingir.
Denominações de origem
Conforme o paÃs, as denominações mudam, vamos a elas, na seqüência hierárquica:
França - Vin de Table / Vin de Pays / AOC (Apelação de Origem Controlada) / 1er Cru (ou 2,3,4,5)
Ainda existem complementos de classificação, como Villages, Grand Cru, ...
Itália - Vino da Tavola / IGT / DOC (Denominação de Origem Controlada) / DOCG (... e Garantida)
Existem complementos como Classico, Superiore, Riserva, ...
Espanha - Vino de Mesa (antigo Vino de la Tierra) / Indicação Geográfica / DO (Denominação de Origem) / DOCa (... Calificada) / Vinos de Pagos (produzidos em locais e condições muito especiais). Os vinhos de Jerez podem ser Fino / Manzanilla / Oloroso / Palo Cortado.
Portugal - Vinho de Mesa / Vinho Regional / DOC (Denominação de Origem Controlada)
No caso dos Porto, diversas classificações adicionais como Ruby, Tawny, Colheita, LBV, Vintage...
Por isso, a resposta à pergunta inicial deve levar em conta a origem do vinho, a existência de uma classificação oficial e em última instância, avaliar o produtor e sua linha de vinhos.
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Qualquer vinho pode levar o nome Reserva, Reservado ou Seleção. No geral, os termos reserva e gran reserva estão ligados ao tempo de passagem por barricas de madeira Reserva passa um tempo X e Gran Reserva passa mais tempo - coisa que tampouco garante qualidade no vinho. Assim, só conhecendo mesmo a casa produtora e confiando é que podemos comprar.
bjs
vai saberr
Entendendo o vinho... sem reservas! 22-agosto-08
Os termos Reserva e Reservado podem confundir os iniciantes
Artigo publicado no jornal Vinho & Cia 32 - agosto / 2008
Já devo ter respondido a algumas centenas de e-mails perguntando qual a diferença entre Reserva, Reservado, quais os critérios para essas referências no rótulo dos vinhos, e o que significam.
Essa questão é importante, principalmente para os iniciantes no conhecimento do vinho. Como a resposta completa ocuparia todo o Vinho & Cia, vamos abordar os pontos básicos.
Na Europa os principais paÃses produtores - França, Itália, Espanha e Portugal - desenvolveram um complexo conjunto de regras (leis) que controlam os vinhos, criando uma classificação com hierarquias, obrigações e normas técnicas para sua produção. O objetivo é garantir a qualidade e a personalidade dos vinhos das diversas regiões e aumentar sua visibilidade de mercado.
Classificação dos Vinhos
Assim, podemos dizer que - guardadas as diferenças - os vinhos são classificados como:
• Vinho de Mesa - São simples, produzidos em todo o paÃs, praticamente sem regras para sua produção. São os vinhos básicos do paÃs, geralmente respondem por de 70% ou mais da produção.
• Indicação Geográfica - Vinhos produzidos em uma região especÃfica, com um conjunto de uvas e técnicas aprovado para sua elaboração. São vinhos diferenciados, que refletem caracterÃsticas de sua região de origem, geralmente usando uvas tÃpicas. Podem oferecer boa plataforma de custo-benefÃcio.
• Denominação de Origem - São produzidos em sub-regiões ou parcelas menores, guardando profunda relação com as caracterÃsticas do terroir (veja a coluna do Ivan na edição anterior), devendo atender a regras rÃgidas de elaboração quanto à proveniência e manipulação das uvas, fermentação e envelhecimento, usar somente uvas autorizadas, não exceder um volume de produção por hectare, e por aà vai. Não é fácil classificar um vinho nessa categoria.
• Denominações especiais - Podem existir classificações ainda mais rÃgidas e restritivas, criando personalidades únicas em vinhos de alta qualidade. Um patamar ainda mais difÃcil de atingir.
Denominações de origem
Conforme o paÃs, as denominações mudam, vamos a elas, na seqüência hierárquica:
França - Vin de Table / Vin de Pays / AOC (Apelação de Origem Controlada) / 1er Cru (ou 2,3,4,5)
Ainda existem complementos de classificação, como Villages, Grand Cru, ...
Itália - Vino da Tavola / IGT / DOC (Denominação de Origem Controlada) / DOCG (... e Garantida)
Existem complementos como Classico, Superiore, Riserva, ...
Espanha - Vino de Mesa (antigo Vino de la Tierra) / Indicação Geográfica / DO (Denominação de Origem) / DOCa (... Calificada) / Vinos de Pagos (produzidos em locais e condições muito especiais). Os vinhos de Jerez podem ser Fino / Manzanilla / Oloroso / Palo Cortado.
Portugal - Vinho de Mesa / Vinho Regional / DOC (Denominação de Origem Controlada)
No caso dos Porto, diversas classificações adicionais como Ruby, Tawny, Colheita, LBV, Vintage...
Essa informação é básica e não cobre o assunto. Tudo isso é legislado, controlado e respeitado (ou quase...). A qualidade que se pretende garantir com esse sistema nem sempre é verdade, caso das denominações populares como Chianti, Valpolicella (IT), Côtes du Rhône, Bordeaux, Espumantes (FR) e tantos outros rótulos importados bonitos, baratos e decepcionantes. Nesse caso a culpa não é do sistema (ou seria ?) mas existem produtores e produtores...
Outros paÃses produtores já desenvolveram ou estão desenvolvendo uma regulamentação básica: O Chile tem 14 DO, a Argentina e Uruguai não têm nenhum sistema oficial, a Ãfrica do Sul tem dois organismos (governo e consórcio) com critérios não unânimes, e por aà vai. O consumidor de produtos globais fica perdido, com razão.
Brasil
Nossa legislação atual, modificada em 12/11/04 após anos de tramitação, classifica os vinhos em:
de mesa / leve (?) / fino / espumante / frisante / gaseificado / licoroso / composto.
Essa classificação (mais uma tipologia) está longe de categorizar os vinhos, e não regula patamares de qualidade, cabendo a cada produtor estabelecer seus critérios. No Site do Vinho Brasileiro pode ser consultada a legislação em vigor .
Reserva e Reservado
No Brasil, Chile, Argentina os termos utilizados, Reserva, Reservado, Gran Reserva, Reserva Especial, são apenas parte dos nomes, e não devem ser usados como referência para medir a qualidade. Por exemplo, o vinho Reservado Concha y Toro (CH) é o segundo degrau na linha da vinÃcola, com mais 4 nÃveis acima dele...
Por isso, a resposta à pergunta inicial deve levar em conta a origem do vinho, a existência de uma classificação oficial e em última instância, avaliar o produtor e sua linha de vinhos.