Em relação ao tamanho da Terra, a Lua quase não pode ser considerada como um satélite, é mais um planeta, formando com a Terra um sistema planetário duplo. Tudo indica que ela tenha se formado simultaneamente à formação da Terra, mas existem algumas teorias que tentam explicar sua formação a partir do desmembramento de um pedaço da Terra, ou da captura orbital de um planetóide. Simulações recentes em supercomputadores, baseadas na massa, inclinação do eixo da Lua e na inclinação do plano de sua órbita sugerem que a Lua teria sido arrancada da Terra pelo choque com um planeta do tamanho aproximado de Marte em um passado remoto. A análise de rochas lunares determinou teores de tântalo e nióbio ligeiramente mais elevados na Lua em relação à Terra, o que parece indicar que a maior parte de sua massa seja do corpo que colidiu com a Terra em formação.
Como astro mais próximo, contribuiu enormemente para o desenvolvimento das teorias astronômicas e para o estabelecimento dos calendários. Até hoje é o astro preferido de muitos observadores, com muitos e intricados desenhos, planícies, crateras, picos e vales. Sua superfície se apresenta cravejada de crateras devidas ao impacto de grandes meteoritos, que certamente também atingiram a Terra, mas conservadas pela falta da erosão e pela baixa gravidade, que as quase fêz desaparecer na nossa superfície. Várias crateras, no entanto são de origem vulcânica, que têm características ligeiramente diferentes. Seu albedo, a taxa de reflexão da luz recebida, é muito baixo: apenas 0,07, colorindo sua superfície de cinza escuro, que constrastando com alguns pontos de material mais claro, destaca algumas características de seu relêvo agressivo, de maneira mutante, dependendo do ângulo de incidência da luz do Sol. A face voltada para a Terra tem planícies extensas, que foram nomeadas de "mares" pelos antigos. O lado oposto, fotografado pela primeira vez em 1959 pela nave russa Luna 3, sem o escudo físico e gravitacional da Terra, é totalmente crivado de meteoritos e crateras geradas pelo vulcanismo, sem a presença de "mares".
Está entre as cinco maiores luas do sistema solar e tem a segunda maior massa em relação ao planeta que orbita (a primeira é Plutão/Caronte= 6,6x), 81 vezes menor : 7,35 x 1022 kg . Está a uma distância média de 384 500 km e gira, assim como a Terra, em torno de um ponto, o centro de massa do sistema, que fica um pouco abaixo da superfície da Terra. No perigeu (do grego peri = perto, geo = terra) chega a 356 410 km e no apogeu (do grego apo = distante) a 406 680 km. Esta proximidade fez nascer o sonho da viagem interplanetária, finalmente realizado em 1969. Sua massa, aliada à pequena distância, gera uma grande perturbação gravitacional sobre os corpos da Terra, gerando uma maré que altera o nível dos oceanos, dispara movimentos sismológicos e retarda o movimento de rotação da Terra ao longo do tempo.
A primeira característica deste movimento é a sucessão de fases observada. Desde a Lua nova, quando a Lua está entre a Terra e o Sol, até retornar a este ponto, passando pela quarto crescente, cheia e quarto minguante, se passam 29,530 59 dias, ou um mês sinódico, também chamado de mês lunar ou lunação. Devido à distribuição irregular de sua massa, a Lua se mantém "travada" pelo campo gravitacional da Terra, apresentando a nós sempre a mesma face. Deste modo, o período de rotação coincide com o de translação.
Sua órbita tem uma inclinação de 5º 09' em relação ao plano da órbita da Terra e uma excentricidade relativamente grande de 0,055. Esta excentricidade é a causa da maior das librações. Libração é o nome adotato para definir os movimentos aparentes da Lua para um observador da Terra.
A maior é a libração em longitude. Como a Terra fica em um dos fócos da órbita eliptica, e a rotação sideral da Lua é constante igual a 27,321 66 dias, e a translação se faz de maneira irregular no mesmo tempo (velocidade areolar), podemos ver da Terra uma fatia de 7º além dos horizontes leste e oeste da Lua.
Outro movimento aparente é a libração em latitude. Como o eixo norte-sul da Lua tem uma inclinação de 1º 30' em relação ao plano de sua órbita, e este tem uma inclinação de 5º em relação ao plano da órbita da Terra, conseguimos uma diferença de visualização de 6º 30', assim podemos observar alternadamente seus pólos.
Uma terceira libração é obtida pela rotação diária da Terra. Entre as observações da Lua no nascente e no poente, de um mesmo dia, temos uma variação de 12 750 km: o diâmetro da Terra. Estes dois pontos de vista nos permitem ver a Lua sob ângulos difererentes, que geram uma paralaxe de 1º 54', aumentando a área observada. Estas três librações somadas nos permitem ver quase 60% da superfície da Lua.
Com uma pequena gravidade de 1,62 m/s2, a Lua não conseguiu reter uma atmosfera, o que pode ser comprovado pela ocultação de estrelas, que se apagam instantâneamente quando atingidas pelo seu bordo. Durante as missões Apolo foi comprovada a atividade sismológica, já observada da Terra. Um dos objetivos destas missões foi instalar em solo lunar, vários equipamentos de coleta de dados e refletores de sinais, que até hoje são usados para registrar a atividade interna e medir a distância através de raios laser. Em 1958 o pico central de Alphonsus entrou em erupção lançando gases e poeira que puderam ser observados da Terra.
A exploração lunar vai ainda consumir muitos anos de trabalho. O diâmetro da Lua é aproximadamente do tamanho da Austrália. Apesar de bem menor que a Terra, sua superfície de 37 900 000 km 2 equivale à soma da área de todo o continente africano com a do território brasileiro.
Por uma coincidência feliz, o diâmetro aparente da Lua é quase igual ao do Sol, o que nos permitiu ter eclipses totais e anelares, e a oportunidade de estudar a corona solar. Um eclipse total do Sol é um dos fenômenos mais emocionantes que o homem pode observar. Do formato da sombra, durante os eclipses da Lua saíram as primeiras provas da esfericidade da Terra. Hoje temos mapas detalhados de toda a superfície, que permitem um estudo de todos os acidentes selenolográficos (do grego Selene = Lua), mas que ainda conseguem nos surpreender.
A localização exata do ponto onde a lua nasce varia em torno do leste. Não nasce exatamente no mesmo lugar toda vez. Durante um mesmo ciclo, ou seja, de um dia para outro a mudança é imperceptível, mas ao longo dos meses é possível notar a diferença.
Isso se dá porque o plano da órbita da lua não coincide exatamente com o plano equatorial terrestre.
Faça um teste, acompanhe todo mês o nascer da lua cheia e determine você mesmo o grau de variação, anotando o ponto do horizonte onde ela nasce.
À medida que a Lua viaja ao redor da Terra ao longo do mês, ela passa por um ciclo de fases, durante o qual sua forma parece variar gradualmente. O ciclo completo dura aproximadamente 29,5 dias. Esse fenômeno é bem compreendido desde a Antiguidade. Acredita-se que o grego Anaxágoras (± 430 a.C.), já conhecia sua causa, e Aristóteles (384 - 322 a.C.) registrou a explicação correta do fenômeno: as fases da Lua resultam do fato de que ela não é um corpo luminoso, e sim um corpo iluminado pela luz do Sol. A face iluminada da Lua é aquela que está voltada para o Sol. A fase da lua representa o quanto dessa face iluminada está voltada também para a Terra. Durante metado do ciclo essa porção está aumentando (lua crescente) e durante a outra metade ela está diminuindo (lua minguante). Tradicionalmente apenas as quatro fases mais características do ciclo - Lua Nova, Quarto-Crescente, Lua Cheia e Quarto-Minguante - recebem nomes, mas a porção que vemos iluminada da Lua, que é a sua fase, varia de dia para dia. Por essa razão os astrônomos definem a fase da Lua em termos de número de dias decorridos desde a Lua Nova (de 0 a 29,5) e em termos de fração iluminada da face visível (0% a 100%).
A fase da lua representa o quanto dessa face iluminada está voltada também para a Terra.
As quatro fases principais do ciclo são:
Lua Nova:
Lua e Sol, vistos da Terra, estão na mesma direção
A Lua nasce 6h e se põe 18h.
A Lua Nova acontece quando a face visível da Lua não recebe luz do Sol, pois os dois astros estão na mesma direção. Nessa fase, a Lua está no céu durante o dia, nascendo e se pondo aproximadamente junto com o Sol. Durante os dias subsequentes, a Lua vai ficando cada vez mais a leste do Sol e, portanto, a face visível vai ficando crescentemente mais iluminada a partir da borda que aponta para o oeste, até que aproximadamente 1 semana depois temos o Quarto-Crescente, com 50% da face iluminada.
Lua Quarto-Crescente:
Lua e Sol, vistos da Terra, estão separados de 90°.
a Lua está a leste do Sol, e portanto sua parte iluminada tem a convexidade para o oeste.
a Lua nasce meio-dia e se põe meia-noite
A Lua tem a forma de um semi-círculo com a parte convexa voltada para o oeste. Lua e Sol, vistos da Terra, estão separados de aproximadamente 90°. A Lua nasce aproximadamente ao meio-dia e se põe aproximadamente à meia-noite. Após esse dia, a fração iluminada da face visível continua a crescer pelo lado voltado para o oeste, até que atinge a fase Cheia.
Lua Cheia
Lua e Sol, vistos da Terra, estão em direções opostas, separados de 180°, ou 12h.
a Lua nasce 18h e se põe 6h do dia seguinte.
Na fase cheia 100% da face visível está iluminada. A Lua está no céu durante toda a noite, nasce quando o Sol se põe e se põe no nascer do Sol. Lua e Sol, vistos da Terra, estão em direções opostas, separados de aproximadamente 180°, ou 12h. Nos dias subsequentes a porção da face iluminada passa a ficar cada vez menor à medida que a Lua fica cada vez mais a oeste do Sol; o disco lunar vai dia a dia perdendo um pedação maior da sua borda voltada para o oeste. Aproximadamente 7 dias depois, a fração iluminada já se reduziu a 50%, e temos o Quarto-Minguante.
Lua Quarto-Minguante
a Lua está a oeste do Sol, que ilumina seu lado voltado para o leste
a Lua nasce meia-noite e se põe meio-dia
A Lua está aproximadamente 90° a oeste do Sol, e tem a forma de um semi-círculo com a convexidade apontando para o leste. A Lua nasce aproximadamente à meia-noite e se põe aproximadamente ao meio-dia. Nos dias subsequentes a Lua continua a minguar, até atingir o dia 0 do novo ciclo.
O intervalo de tempo entre duas fases iguais consecutivas é de 29d 12h 44m 2.9s ( 29,5 dias). Essa é a duração do mês sinódico, ou lunação, ou período sinódico da Lua.
O período sideral da Lua, ou mês sideral é o tempo necessário para a Lua completar uma volta em torno da Terra, em relação a uma estrela. Sua duração é de 27d 7h 43m 11s, sendo portanto 2,25 dias mais curto do que o mês sinódico.
O intervalo de tempo entre duas fases iguais consecutivas, de 29d 12h 44m 2.9s, o período sinódico da Lua, é 2,25 dias maior do que o período sideral da Lua porque nos 27,32 dias em que a Lua faz uma volta completa em relação às estrelas, o Sol de deslocou aproximadamente 27° (27 dias × 1°/dia) para leste, e portanto será necessário mais 2 dias [27°/(360°/27,32 dias)] para a Lua se deslocar estes 27° e estar na mesma posição em relação ao Sol, que define a fase.
Dia Lunar: Tendo em vista que o período sideral da Lua é de 27,32166 dias, isto é, que ela se move 360° em relação às estrelas para leste a cada 27,32 dias, deduz-se que ela se desloca para leste 13° por dia (360°/27,32), em relação às estrelas. Levando-se em conta que a Terra gira 360° em 24 horas, e que o Sol de desloca 1° para leste por dia, deduzimos que a Lua se atrasa 48 minutos por dia [(12°/360°)×(24h×60m)], isto é, a Lua nasce cerca de 48 minutos mais tarde a cada dia.
Rotação da Lua:
À medida que a Lua orbita em torno da Terra, completando seu ciclo de fases, ela mantém sempre a mesma face voltada para a Terra. Isso indica que o seu período de translação é igual ao período de rotação em torno de seu próprio eixo. Portanto. a Lua tem rotação sincronizada com a translação.
É muito improvável que essa sincronização seja casual. Acredita-se que ela tenha acontecido como resultado das grandes forças de maré exercidas pela Terra na Lua no tempo em que a Lua era jovem e mais elástica. As deformações tipo bojos causadas na superfície da Lua pelas marés teriam freiado a sua rotação até ela ficar com o bojo sempre voltado para a Terra, e portanto com período de rotação igual ao de translação. Essa perda de rotação teria em consequência provocado o afastamento maior entre Lua e Terra (para conservar o momentum angular). Atualmente a Lua continua afastando-se da Terra, a uma taxa de 4 cm/ano.
Note que como a Lua mantém a mesma face voltada para a Terra, um astronauta na Lua não vê a Terra nascer ou se pôr. Se ele está na face voltada para a Terra, a Terra estará sempre visível. Se ele estiver na face oculta da Lua, nunca verá a Terra.
Como o sistema Terra-Lua sofre influência gravitacional do Sol e dos planetas, a Terra e a Lua não são esféricas e as marés provocam fricção dentro da Terra e da Lua, a órbita não é regular, precisando de mais de cem termos para ser calculada com precisão. O período sideral varia até 7 horas.
A órbita da Lua em torno da Terra está inclinada 5° em relação à orbita da Terra em torno do Sol.
A órbita da Lua em torno da Terra é uma elipse, exagerada nesta figura, e a Lua está 10% mais próxima no perigeu do que no apogeu.
Sim, assim como o Sol também nasce a leste. Isto se deve ao fato da direção de rotação da Terra e que a velocidade angular com que ela rotaciona é maior que a velocidade angular que a Lua translada a Terra e a velocidade angular que a Terra translada o Sol.
A Lua nasce sempre a Leste, e se põe a oeste. SEMPRE!
O que ocorre é que a Lua nasce a cada dia com uma hora de defasagem em relação ao dia anterior, então tem dias que ninguém vê a Lua nascer, exceto os guardas noturnos e os ladrões, e tem dias que a Lua nasce durante as horas do dia, onde está todo mundo ocupado demais para prestar atenção.
Veja a matéria abaixo sobre o horário de nascimento da Lua em relação à fase dela:
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É ASSIM:
Em relação ao tamanho da Terra, a Lua quase não pode ser considerada como um satélite, é mais um planeta, formando com a Terra um sistema planetário duplo. Tudo indica que ela tenha se formado simultaneamente à formação da Terra, mas existem algumas teorias que tentam explicar sua formação a partir do desmembramento de um pedaço da Terra, ou da captura orbital de um planetóide. Simulações recentes em supercomputadores, baseadas na massa, inclinação do eixo da Lua e na inclinação do plano de sua órbita sugerem que a Lua teria sido arrancada da Terra pelo choque com um planeta do tamanho aproximado de Marte em um passado remoto. A análise de rochas lunares determinou teores de tântalo e nióbio ligeiramente mais elevados na Lua em relação à Terra, o que parece indicar que a maior parte de sua massa seja do corpo que colidiu com a Terra em formação.
Como astro mais próximo, contribuiu enormemente para o desenvolvimento das teorias astronômicas e para o estabelecimento dos calendários. Até hoje é o astro preferido de muitos observadores, com muitos e intricados desenhos, planícies, crateras, picos e vales. Sua superfície se apresenta cravejada de crateras devidas ao impacto de grandes meteoritos, que certamente também atingiram a Terra, mas conservadas pela falta da erosão e pela baixa gravidade, que as quase fêz desaparecer na nossa superfície. Várias crateras, no entanto são de origem vulcânica, que têm características ligeiramente diferentes. Seu albedo, a taxa de reflexão da luz recebida, é muito baixo: apenas 0,07, colorindo sua superfície de cinza escuro, que constrastando com alguns pontos de material mais claro, destaca algumas características de seu relêvo agressivo, de maneira mutante, dependendo do ângulo de incidência da luz do Sol. A face voltada para a Terra tem planícies extensas, que foram nomeadas de "mares" pelos antigos. O lado oposto, fotografado pela primeira vez em 1959 pela nave russa Luna 3, sem o escudo físico e gravitacional da Terra, é totalmente crivado de meteoritos e crateras geradas pelo vulcanismo, sem a presença de "mares".
Está entre as cinco maiores luas do sistema solar e tem a segunda maior massa em relação ao planeta que orbita (a primeira é Plutão/Caronte= 6,6x), 81 vezes menor : 7,35 x 1022 kg . Está a uma distância média de 384 500 km e gira, assim como a Terra, em torno de um ponto, o centro de massa do sistema, que fica um pouco abaixo da superfície da Terra. No perigeu (do grego peri = perto, geo = terra) chega a 356 410 km e no apogeu (do grego apo = distante) a 406 680 km. Esta proximidade fez nascer o sonho da viagem interplanetária, finalmente realizado em 1969. Sua massa, aliada à pequena distância, gera uma grande perturbação gravitacional sobre os corpos da Terra, gerando uma maré que altera o nível dos oceanos, dispara movimentos sismológicos e retarda o movimento de rotação da Terra ao longo do tempo.
A primeira característica deste movimento é a sucessão de fases observada. Desde a Lua nova, quando a Lua está entre a Terra e o Sol, até retornar a este ponto, passando pela quarto crescente, cheia e quarto minguante, se passam 29,530 59 dias, ou um mês sinódico, também chamado de mês lunar ou lunação. Devido à distribuição irregular de sua massa, a Lua se mantém "travada" pelo campo gravitacional da Terra, apresentando a nós sempre a mesma face. Deste modo, o período de rotação coincide com o de translação.
Sua órbita tem uma inclinação de 5º 09' em relação ao plano da órbita da Terra e uma excentricidade relativamente grande de 0,055. Esta excentricidade é a causa da maior das librações. Libração é o nome adotato para definir os movimentos aparentes da Lua para um observador da Terra.
A maior é a libração em longitude. Como a Terra fica em um dos fócos da órbita eliptica, e a rotação sideral da Lua é constante igual a 27,321 66 dias, e a translação se faz de maneira irregular no mesmo tempo (velocidade areolar), podemos ver da Terra uma fatia de 7º além dos horizontes leste e oeste da Lua.
Outro movimento aparente é a libração em latitude. Como o eixo norte-sul da Lua tem uma inclinação de 1º 30' em relação ao plano de sua órbita, e este tem uma inclinação de 5º em relação ao plano da órbita da Terra, conseguimos uma diferença de visualização de 6º 30', assim podemos observar alternadamente seus pólos.
Uma terceira libração é obtida pela rotação diária da Terra. Entre as observações da Lua no nascente e no poente, de um mesmo dia, temos uma variação de 12 750 km: o diâmetro da Terra. Estes dois pontos de vista nos permitem ver a Lua sob ângulos difererentes, que geram uma paralaxe de 1º 54', aumentando a área observada. Estas três librações somadas nos permitem ver quase 60% da superfície da Lua.
Com uma pequena gravidade de 1,62 m/s2, a Lua não conseguiu reter uma atmosfera, o que pode ser comprovado pela ocultação de estrelas, que se apagam instantâneamente quando atingidas pelo seu bordo. Durante as missões Apolo foi comprovada a atividade sismológica, já observada da Terra. Um dos objetivos destas missões foi instalar em solo lunar, vários equipamentos de coleta de dados e refletores de sinais, que até hoje são usados para registrar a atividade interna e medir a distância através de raios laser. Em 1958 o pico central de Alphonsus entrou em erupção lançando gases e poeira que puderam ser observados da Terra.
A exploração lunar vai ainda consumir muitos anos de trabalho. O diâmetro da Lua é aproximadamente do tamanho da Austrália. Apesar de bem menor que a Terra, sua superfície de 37 900 000 km 2 equivale à soma da área de todo o continente africano com a do território brasileiro.
Por uma coincidência feliz, o diâmetro aparente da Lua é quase igual ao do Sol, o que nos permitiu ter eclipses totais e anelares, e a oportunidade de estudar a corona solar. Um eclipse total do Sol é um dos fenômenos mais emocionantes que o homem pode observar. Do formato da sombra, durante os eclipses da Lua saíram as primeiras provas da esfericidade da Terra. Hoje temos mapas detalhados de toda a superfície, que permitem um estudo de todos os acidentes selenolográficos (do grego Selene = Lua), mas que ainda conseguem nos surpreender.
BLZ???
A localização exata do ponto onde a lua nasce varia em torno do leste. Não nasce exatamente no mesmo lugar toda vez. Durante um mesmo ciclo, ou seja, de um dia para outro a mudança é imperceptível, mas ao longo dos meses é possível notar a diferença.
Isso se dá porque o plano da órbita da lua não coincide exatamente com o plano equatorial terrestre.
Faça um teste, acompanhe todo mês o nascer da lua cheia e determine você mesmo o grau de variação, anotando o ponto do horizonte onde ela nasce.
À medida que a Lua viaja ao redor da Terra ao longo do mês, ela passa por um ciclo de fases, durante o qual sua forma parece variar gradualmente. O ciclo completo dura aproximadamente 29,5 dias. Esse fenômeno é bem compreendido desde a Antiguidade. Acredita-se que o grego Anaxágoras (± 430 a.C.), já conhecia sua causa, e Aristóteles (384 - 322 a.C.) registrou a explicação correta do fenômeno: as fases da Lua resultam do fato de que ela não é um corpo luminoso, e sim um corpo iluminado pela luz do Sol. A face iluminada da Lua é aquela que está voltada para o Sol. A fase da lua representa o quanto dessa face iluminada está voltada também para a Terra. Durante metado do ciclo essa porção está aumentando (lua crescente) e durante a outra metade ela está diminuindo (lua minguante). Tradicionalmente apenas as quatro fases mais características do ciclo - Lua Nova, Quarto-Crescente, Lua Cheia e Quarto-Minguante - recebem nomes, mas a porção que vemos iluminada da Lua, que é a sua fase, varia de dia para dia. Por essa razão os astrônomos definem a fase da Lua em termos de número de dias decorridos desde a Lua Nova (de 0 a 29,5) e em termos de fração iluminada da face visível (0% a 100%).
A fase da lua representa o quanto dessa face iluminada está voltada também para a Terra.
As quatro fases principais do ciclo são:
Lua Nova:
Lua e Sol, vistos da Terra, estão na mesma direção
A Lua nasce 6h e se põe 18h.
A Lua Nova acontece quando a face visível da Lua não recebe luz do Sol, pois os dois astros estão na mesma direção. Nessa fase, a Lua está no céu durante o dia, nascendo e se pondo aproximadamente junto com o Sol. Durante os dias subsequentes, a Lua vai ficando cada vez mais a leste do Sol e, portanto, a face visível vai ficando crescentemente mais iluminada a partir da borda que aponta para o oeste, até que aproximadamente 1 semana depois temos o Quarto-Crescente, com 50% da face iluminada.
Lua Quarto-Crescente:
Lua e Sol, vistos da Terra, estão separados de 90°.
a Lua está a leste do Sol, e portanto sua parte iluminada tem a convexidade para o oeste.
a Lua nasce meio-dia e se põe meia-noite
A Lua tem a forma de um semi-círculo com a parte convexa voltada para o oeste. Lua e Sol, vistos da Terra, estão separados de aproximadamente 90°. A Lua nasce aproximadamente ao meio-dia e se põe aproximadamente à meia-noite. Após esse dia, a fração iluminada da face visível continua a crescer pelo lado voltado para o oeste, até que atinge a fase Cheia.
Lua Cheia
Lua e Sol, vistos da Terra, estão em direções opostas, separados de 180°, ou 12h.
a Lua nasce 18h e se põe 6h do dia seguinte.
Na fase cheia 100% da face visível está iluminada. A Lua está no céu durante toda a noite, nasce quando o Sol se põe e se põe no nascer do Sol. Lua e Sol, vistos da Terra, estão em direções opostas, separados de aproximadamente 180°, ou 12h. Nos dias subsequentes a porção da face iluminada passa a ficar cada vez menor à medida que a Lua fica cada vez mais a oeste do Sol; o disco lunar vai dia a dia perdendo um pedação maior da sua borda voltada para o oeste. Aproximadamente 7 dias depois, a fração iluminada já se reduziu a 50%, e temos o Quarto-Minguante.
Lua Quarto-Minguante
a Lua está a oeste do Sol, que ilumina seu lado voltado para o leste
a Lua nasce meia-noite e se põe meio-dia
A Lua está aproximadamente 90° a oeste do Sol, e tem a forma de um semi-círculo com a convexidade apontando para o leste. A Lua nasce aproximadamente à meia-noite e se põe aproximadamente ao meio-dia. Nos dias subsequentes a Lua continua a minguar, até atingir o dia 0 do novo ciclo.
O intervalo de tempo entre duas fases iguais consecutivas é de 29d 12h 44m 2.9s ( 29,5 dias). Essa é a duração do mês sinódico, ou lunação, ou período sinódico da Lua.
O período sideral da Lua, ou mês sideral é o tempo necessário para a Lua completar uma volta em torno da Terra, em relação a uma estrela. Sua duração é de 27d 7h 43m 11s, sendo portanto 2,25 dias mais curto do que o mês sinódico.
O intervalo de tempo entre duas fases iguais consecutivas, de 29d 12h 44m 2.9s, o período sinódico da Lua, é 2,25 dias maior do que o período sideral da Lua porque nos 27,32 dias em que a Lua faz uma volta completa em relação às estrelas, o Sol de deslocou aproximadamente 27° (27 dias × 1°/dia) para leste, e portanto será necessário mais 2 dias [27°/(360°/27,32 dias)] para a Lua se deslocar estes 27° e estar na mesma posição em relação ao Sol, que define a fase.
Dia Lunar: Tendo em vista que o período sideral da Lua é de 27,32166 dias, isto é, que ela se move 360° em relação às estrelas para leste a cada 27,32 dias, deduz-se que ela se desloca para leste 13° por dia (360°/27,32), em relação às estrelas. Levando-se em conta que a Terra gira 360° em 24 horas, e que o Sol de desloca 1° para leste por dia, deduzimos que a Lua se atrasa 48 minutos por dia [(12°/360°)×(24h×60m)], isto é, a Lua nasce cerca de 48 minutos mais tarde a cada dia.
Rotação da Lua:
À medida que a Lua orbita em torno da Terra, completando seu ciclo de fases, ela mantém sempre a mesma face voltada para a Terra. Isso indica que o seu período de translação é igual ao período de rotação em torno de seu próprio eixo. Portanto. a Lua tem rotação sincronizada com a translação.
É muito improvável que essa sincronização seja casual. Acredita-se que ela tenha acontecido como resultado das grandes forças de maré exercidas pela Terra na Lua no tempo em que a Lua era jovem e mais elástica. As deformações tipo bojos causadas na superfície da Lua pelas marés teriam freiado a sua rotação até ela ficar com o bojo sempre voltado para a Terra, e portanto com período de rotação igual ao de translação. Essa perda de rotação teria em consequência provocado o afastamento maior entre Lua e Terra (para conservar o momentum angular). Atualmente a Lua continua afastando-se da Terra, a uma taxa de 4 cm/ano.
Note que como a Lua mantém a mesma face voltada para a Terra, um astronauta na Lua não vê a Terra nascer ou se pôr. Se ele está na face voltada para a Terra, a Terra estará sempre visível. Se ele estiver na face oculta da Lua, nunca verá a Terra.
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Como o sistema Terra-Lua sofre influência gravitacional do Sol e dos planetas, a Terra e a Lua não são esféricas e as marés provocam fricção dentro da Terra e da Lua, a órbita não é regular, precisando de mais de cem termos para ser calculada com precisão. O período sideral varia até 7 horas.
A órbita da Lua em torno da Terra está inclinada 5° em relação à orbita da Terra em torno do Sol.
A órbita da Lua em torno da Terra é uma elipse, exagerada nesta figura, e a Lua está 10% mais próxima no perigeu do que no apogeu.
Sim, assim como o Sol também nasce a leste. Isto se deve ao fato da direção de rotação da Terra e que a velocidade angular com que ela rotaciona é maior que a velocidade angular que a Lua translada a Terra e a velocidade angular que a Terra translada o Sol.
A Lua nasce sempre a Leste, e se põe a oeste. SEMPRE!
O que ocorre é que a Lua nasce a cada dia com uma hora de defasagem em relação ao dia anterior, então tem dias que ninguém vê a Lua nascer, exceto os guardas noturnos e os ladrões, e tem dias que a Lua nasce durante as horas do dia, onde está todo mundo ocupado demais para prestar atenção.
Veja a matéria abaixo sobre o horário de nascimento da Lua em relação à fase dela:
http://www.calendarioastronomico.astrodatabase.net...
a nascente nasce a oeste, os 3 outras fases a leste
nao sei