Ausência (Carlos Drummond de Andrade)
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
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Oi Lorena:
Vou tentar ajudá-la.
Aqui mostra que o autor, talvez durante a juventude, quando se separava de alguém que ele gostava muito, sentia falta dessa pessoa e sofria.
Depois, com o passar dos anos, talvez já na velhice e mais experiente, ele percebeu que esse sentimento já fazia parte da personalidade dele e quando isso acontecia, ou seja, ficar longe de alguém querido, ele já não ficava triste, mas aproveitava esses momentos para(provavelmente) fazer coisas que ele gostava e assim se mantinha feliz.
Espero ter ajudado. Bye!
Quando a ausência é muito sentida, não deixamos de pensar na falta. E essa falta está tão presente, a saudade é tanta, que aquele que se ausentou está sempre presente no nosso pensamento e no nosso coração. O ausente está em nós, sempre presente. Quando a ausência deixa de ser sentida, deixa de ser ausência, pois não se sente mais a falta.
Lorena, o poeta Drummond tenta explicar que muitas vezes sofremos por algo que nunca tivemos. Então é necessário assimilar esta "ausência", ou seja, talvez você esteja sofrendo por "algo" que realmente "nunca teve", então, quando você consegue "absorver", entender isso, o sofrimento deixa de existir porque você "assimilou" esta tal ausência, ou seja, ausência de algo ou de alguém que nunca esteve presente. Ok?
Eu não entendi nada mais se alguem entender parabéns pra essa pessoa!!!
Olá... Para mim ele fala de algo maior, da dor do infinito, digamos assim, da ausência como algo etéreo e imaterial. O grande Vazio. Até dado momento da vida, temos a sensação de que trata-se de falta, mas na verdade a ausência "é". Rs... Entende? é como apreendo o poema...