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Eu lembro vagamente que o primeiro artista sobre coisas brasileiras,  ele se chamava Maurício de Nassau.  Já ouviu falar? Artes plásticas.  Né? Não! João Maurício de Nassau foi governador no Recife, nos primordios da colonização e

 O interesse artístico

A Mauritshuis

Data desse período a predileção de Nassau pelo convívio com artistas e homens de letras. Frederico Henrique de Orange, stadhouder desde 1625, filho de uma Coligny, neto do chefe protestante que patrocinou a França Antártica, casado com a condessa alemã Amélia de Solms-Braunfels, tinha pretensões dinásticas e mantinha uma corte aristocrática na República burguesa. Nela brilhava, por exemplo, Constantino Huygens, figura renascentista, incentivador da carreira de Rembrandt, um dos animadores de um círculo que, nas cercanias de Amsterdã, contava com Joost van den Vondel, o poeta nacional dos Países Baixos, o humanista Caspar Barlaeus, que sob o nome latinizado de "Barlaeus" escreveu mais tarde a história do governo de Nassau no Brasil.

Em 1632 Nassau, entusiasta da arquitectura, começou a construir a luxuosa Mauritshuis, em Haia, projeto do famoso arquitecto Jacob van Campen, seguidor do estilo italiano de Palladio. Na execução desta obra veio a comprometer os seus recursos, pois as despesas ascenderiam a meio milhão de florins.