Ao contrário do que muita gente pensa, nem todos os caramujos são hermafroditas, e os ampularídeos são apenas um exemplo disso. Entretanto, a diferenciação do sexo das ampulárias geralmente é uma tarefa complicada, pois deve-se observar o complexo peniano presente nos machos e ausente nas fêmeas.
Identificando o sexo de uma Pomacea
1. Retire a pomacea da água. Provavelmente o reflexo dela será se recolher em sua concha.
2. Deixe-a com a entrada da concha apontando para o chão. Com um pouco de paciência e sorte (dependendo da “timidez” da ampulária), a tendência é que o animal relaxe, exibindo o pé e a cabeça.
3. Quando a pomacea estiver com o corpo para fora, pode-se tentar induzi-la a “abaixar a cabeça”, exibindo o lóbulo nucal. Isso pode ser feito aproximando uma superfície qualquer ou a própria mão. Como não é confortável para a ampulária ficar “pendurada” pela concha, a tendência é que ela tente alcançar a superfície para apoiar-se.
4. Ao observar o lóbulo nucal, pode-se observar o sifão respiratório no lado esquerdo, e no lado direito, uma “bolinha” (o complexo peniano), caso a pomacea seja um macho. Se a protuberância for inexistente, então trata-se de uma fêmea.
As pomaceas, bem como a maioria dos caramujos, são extremamente prolíficos, não sendo tarefa difícil induzi-los à reprodução. A primeira coisa a fazer é possuir um casal (óbvio). Em segundo lugar, oferecer condições favoráveis para que as ampulárias reproduzam. Isso significa temperatura alta, alimentação farta e variada, e uma coluna de ar de 8-10 cm para facilitar a desova, evitando que a pomacea se aventure para fora do aquário na busca de um bom lugar para desovar. Se essas condições forem satisfeitas, pode-se retirar várias ninhadas por mês. Alguns criadores consideram que a atividade reprodutiva das pomaceas torna-se acentuada na primavera.
Após a cópula, a fêmea emerge da água a fim de desovar, geralmente à noite. Todas as pomaceas botam seus ovos acima da coluna d’água. Os ovos recém colocados são úmidos e adesivos, para facilitar a montagem do ninho, mas em poucas horas sua casca torna-se rígida. Os ovos devem permanecer úmidos, porém jamais podem ser molhados/submersos, nesse caso os ovos não vingam e os embriões morrem afogados. Em duas a quatro semanas – dependendo da temperatura – os ovos eclodem, liberando os filhotes na água.
Ao caírem na água, os filhotes, verdadeiras miniaturas dos pais, já iniciam sua vida buscando alimento. Nas primeiras semanas, os filhotes da pomacea alimentam-se de toda e qualquer matéria orgânica, o que é facilmente encontrado num aquário já estabilizado. Depois de crescidos, comem o mesmo que seus pais. Aliás, estes dificilmente irão devorar os filhotes, a menos que não haja outra fonte de alimento.
Answers & Comments
Verified answer
Ao contrário do que muita gente pensa, nem todos os caramujos são hermafroditas, e os ampularídeos são apenas um exemplo disso. Entretanto, a diferenciação do sexo das ampulárias geralmente é uma tarefa complicada, pois deve-se observar o complexo peniano presente nos machos e ausente nas fêmeas.
Identificando o sexo de uma Pomacea
1. Retire a pomacea da água. Provavelmente o reflexo dela será se recolher em sua concha.
2. Deixe-a com a entrada da concha apontando para o chão. Com um pouco de paciência e sorte (dependendo da “timidez” da ampulária), a tendência é que o animal relaxe, exibindo o pé e a cabeça.
3. Quando a pomacea estiver com o corpo para fora, pode-se tentar induzi-la a “abaixar a cabeça”, exibindo o lóbulo nucal. Isso pode ser feito aproximando uma superfície qualquer ou a própria mão. Como não é confortável para a ampulária ficar “pendurada” pela concha, a tendência é que ela tente alcançar a superfície para apoiar-se.
4. Ao observar o lóbulo nucal, pode-se observar o sifão respiratório no lado esquerdo, e no lado direito, uma “bolinha” (o complexo peniano), caso a pomacea seja um macho. Se a protuberância for inexistente, então trata-se de uma fêmea.
As pomaceas, bem como a maioria dos caramujos, são extremamente prolíficos, não sendo tarefa difícil induzi-los à reprodução. A primeira coisa a fazer é possuir um casal (óbvio). Em segundo lugar, oferecer condições favoráveis para que as ampulárias reproduzam. Isso significa temperatura alta, alimentação farta e variada, e uma coluna de ar de 8-10 cm para facilitar a desova, evitando que a pomacea se aventure para fora do aquário na busca de um bom lugar para desovar. Se essas condições forem satisfeitas, pode-se retirar várias ninhadas por mês. Alguns criadores consideram que a atividade reprodutiva das pomaceas torna-se acentuada na primavera.
Após a cópula, a fêmea emerge da água a fim de desovar, geralmente à noite. Todas as pomaceas botam seus ovos acima da coluna d’água. Os ovos recém colocados são úmidos e adesivos, para facilitar a montagem do ninho, mas em poucas horas sua casca torna-se rígida. Os ovos devem permanecer úmidos, porém jamais podem ser molhados/submersos, nesse caso os ovos não vingam e os embriões morrem afogados. Em duas a quatro semanas – dependendo da temperatura – os ovos eclodem, liberando os filhotes na água.
Ao caírem na água, os filhotes, verdadeiras miniaturas dos pais, já iniciam sua vida buscando alimento. Nas primeiras semanas, os filhotes da pomacea alimentam-se de toda e qualquer matéria orgânica, o que é facilmente encontrado num aquário já estabilizado. Depois de crescidos, comem o mesmo que seus pais. Aliás, estes dificilmente irão devorar os filhotes, a menos que não haja outra fonte de alimento.