Na escrita, dormir. Não existe "durmir". Repito, na ESCRITA.
Na fala, tudo o que faz parte de um grupo de fala é considerado linguisticamente correto. Há quem diga "dormir", há quem diga "durmir".
A pronúncia "durmir" é decorrente de dois fenômenos. O primeiro é o alçamento da vogal "o" para "u", que são duas vogais labializadas (assim se chamam por ter arredondamento dos lábios. Também pode se chama arredondadas). A vogal labializada "o" tende a ser alçada para "u" quando próxima a uma consoante bilabial (p, b e m). Veja os exemplos: boneca-buneca; tomate-tumate; político-pulítico.
O segundo é a harmonização, que ocorre quando uma vogal se fecha porque a seguinte ou a anterior é fechada. A vogal "i" de "dormir" é fechada, o que leva o falante a harmonizar, para uma maior ergonomia, o "o", que é pronunciado de forma mais fechada, ficando "u".
Então há palavras em que há apenas o contexto para o alçamento (o das consoantes bilabiais, como tomate-tumate) e há aquelas em que se vê o contexto para a harmonização (o das vogais fechadas, como intestino-intistinu). Em "dormir", há os dois contextos! Ou seja, é uma palavra com altíssima probabilidade de ser pronunciada "durmir".
Essa é a explicação. E sempre é assim na língua. Um som nunca tem um valor isolado. Ele depende do contexto em que ele está e tudo tem uma explicação.
OBS: a pessoa anterior afirmou que é só uma maneira que algumas pessoas no Brasil falam, mas, na verdade, isso é muito forte no Brasil e ainda mais em Portugal. Em Portugal, a tendência a pronunciar o "o" átono como "u" é extremamente forte, muito mais que no Brasil, a ponto de pronunciarem horóscopo como "uróscupu".
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Na escrita, dormir. Não existe "durmir". Repito, na ESCRITA.
Na fala, tudo o que faz parte de um grupo de fala é considerado linguisticamente correto. Há quem diga "dormir", há quem diga "durmir".
A pronúncia "durmir" é decorrente de dois fenômenos. O primeiro é o alçamento da vogal "o" para "u", que são duas vogais labializadas (assim se chamam por ter arredondamento dos lábios. Também pode se chama arredondadas). A vogal labializada "o" tende a ser alçada para "u" quando próxima a uma consoante bilabial (p, b e m). Veja os exemplos: boneca-buneca; tomate-tumate; político-pulítico.
O segundo é a harmonização, que ocorre quando uma vogal se fecha porque a seguinte ou a anterior é fechada. A vogal "i" de "dormir" é fechada, o que leva o falante a harmonizar, para uma maior ergonomia, o "o", que é pronunciado de forma mais fechada, ficando "u".
Então há palavras em que há apenas o contexto para o alçamento (o das consoantes bilabiais, como tomate-tumate) e há aquelas em que se vê o contexto para a harmonização (o das vogais fechadas, como intestino-intistinu). Em "dormir", há os dois contextos! Ou seja, é uma palavra com altíssima probabilidade de ser pronunciada "durmir".
Essa é a explicação. E sempre é assim na língua. Um som nunca tem um valor isolado. Ele depende do contexto em que ele está e tudo tem uma explicação.
OBS: a pessoa anterior afirmou que é só uma maneira que algumas pessoas no Brasil falam, mas, na verdade, isso é muito forte no Brasil e ainda mais em Portugal. Em Portugal, a tendência a pronunciar o "o" átono como "u" é extremamente forte, muito mais que no Brasil, a ponto de pronunciarem horóscopo como "uróscupu".
Durmir
o certo é : VOU DORMIR.
O VERBO É DORMIR
DURMIR NÃO EXISTE, É APENAS UMA MANEIRA QUE ALGUMAS PESSOAS NO BRASIL FALAM.