Ao lado da corrente popular, aparece, no século 14 e 15, a "corrente erudita", também denominada latinista ou literária. Nesses séculos desenvolvem-se a cultura do latim e as traduções de obras eclesiásticas. Começa a reação erudita contra a corrente popular, reação que recebeu forte impulso com o movimento literário da Renascença, no século 16. A intervenção desta corrente, que buscava aproximar artificialmente o portugês de sua fonte latina, importou do latim formas novas, ou antes, transportou integralmente, apenas com leve modificação na desinência, palavras latinas, que vieram figurar ao lado de outras que delas se derivaram por via popular, tal como "mácula" ao lado de "mágoa", "malha" e "mancha"; "palácio (lat. palatium) ao lado de "paço"; frígido (lat. frigidum) ao lado de "frio". As "formas eruditas" caracterizam-se por maior aproximação do tipo latino, ao passo que as populares por maior afastamento. Além das eruditas, existem formas "semieruditas", onde as duas correntes se revelam, tolhendo a influência erudita à plena expansão do influxo popular; tais as palavras — "botica" (lat. apothecam), "semana" (lat. septimanam), "Madalena" (lat. Magdalene"), onde a permanência de consoantes fortes intervocálicas e do "n" na mesma condição acusa a influência erudita, ao lado ao abrandamento do "p" em "b", das síncopes do grupo "pt", e da consoante "g" que nos sugerem o influxo popular.
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Ao lado da corrente popular, aparece, no século 14 e 15, a "corrente erudita", também denominada latinista ou literária. Nesses séculos desenvolvem-se a cultura do latim e as traduções de obras eclesiásticas. Começa a reação erudita contra a corrente popular, reação que recebeu forte impulso com o movimento literário da Renascença, no século 16. A intervenção desta corrente, que buscava aproximar artificialmente o portugês de sua fonte latina, importou do latim formas novas, ou antes, transportou integralmente, apenas com leve modificação na desinência, palavras latinas, que vieram figurar ao lado de outras que delas se derivaram por via popular, tal como "mácula" ao lado de "mágoa", "malha" e "mancha"; "palácio (lat. palatium) ao lado de "paço"; frígido (lat. frigidum) ao lado de "frio". As "formas eruditas" caracterizam-se por maior aproximação do tipo latino, ao passo que as populares por maior afastamento. Além das eruditas, existem formas "semieruditas", onde as duas correntes se revelam, tolhendo a influência erudita à plena expansão do influxo popular; tais as palavras — "botica" (lat. apothecam), "semana" (lat. septimanam), "Madalena" (lat. Magdalene"), onde a permanência de consoantes fortes intervocálicas e do "n" na mesma condição acusa a influência erudita, ao lado ao abrandamento do "p" em "b", das síncopes do grupo "pt", e da consoante "g" que nos sugerem o influxo popular.
bvn
eh uma linguagem mais classuda...
mais incrementada...
mais bonita e mais dificil de se usar!
É uma linguaguem muito culta, que se afasta muito do popular.
A elite intelectual que usa esse tipo de linguaguem.
erudito signifik sabio, instruido, inteligente...; )