o filósofo alemão Friedrich Nietzsche afirmava que 'nós' matamos Deus, que gerações o inventaram e novas gerações o mataram. Ainda não consegui entender o que ele quis dizer com isso, alguém poderia explicar de uma forma mais clara? :)
Copyright © 2024 QUIZLS.COM - All rights reserved.
Answers & Comments
Verified answer
"Deus está morto ("Gott ist tot" em alemão) é uma frase muito citada do filósofo Friedrich Nietzsche (1844-1900). Aparece pela primeira vez em A gaia ciência, na seção 108 (Novas lutas), na seção 125 (O louco) e uma terceira vez na secção 343 (Sentido da nossa alegria). Uma outra instância da frase, e a principal responsável pela sua popularidade, aparece na principal obra de Nietzsche, Assim falava Zaratustra.
'Deus está morto! Deus permanece morto! E quem o matou fomos nós! Como haveremos de nos consolar, nós os algozes dos algozes? O que o mundo possuiu, até agora, de mais sagrado e mais poderoso sucumbiu exangue aos golpes das nossas lâminas. Quem nos limpará desse sangue? Qual a água que nos lavará? Que solenidades de desagravo, que jogos sagrados haveremos de inventar? A grandiosidade deste acto não será demasiada para nós? Não teremos de nos tornar nós próprios deuses, para parecermos apenas dignos dele? Nunca existiu acto mais grandioso, e, quem quer que nasça depois de nós, passará a fazer parte, mercê deste acto, de uma história superior a toda a história até hoje! — NIETZSCHE, Friedrich. A Gaia Ciência, §125.' "
_________________________
" 'Deus está morto' é, segundo os estudiosos, uma das frases mais mal interpretadas de toda a filosofia. Entendê-la literalmente, como se Deus pudesse estar fisicamente morto, ou como se fosse uma referência à morte de Jesus Cristo na cruz, ou ainda como uma simples declaração de ateísmo são idéias oriundas de uma análise descontextualizada da frase, que se acha profundamente enraizada na obra nietzscheana. O dito anuncia o fim dos fundamentos transcendentais da existência, de Deus como justificativa e fonte de valoração para o mundo, tanto na civilização quanto na vida das pessoas - segundo o filósofo, mesmo que estas não o queiram admitir. Nietzsche não se coloca como o assassino de Deus, como o tom provocador pode dar a entender: o filósofo enfatiza um acontecimento cultural, e diz 'fomos nós que o matamos'.
A frase não é nem uma exaltação nem uma lamentação, mas uma constatação a partir da qual Nietzsche traçará o seu projeto filosófico de superar Deus e as dicotomias assentes em preconceitos metafísicos que julgam o nosso mundo - na opinião do filósofo - a partir de um outro mundo superior e além deste. A morte de Deus metaforiza o fato de os homens não mais serem capazes de crer numa ordenação cósmica transcendente, o que os levaria a uma rejeição dos valores absolutos e à descrença em quaisquer valores. Isso conduziria ao niilismo, que Nietzsche considerava um sintoma de decadência associada ao fato de ainda mantermos uma 'sombra', um trono vazio, um lugar reservado ao princípio transcendente agora destruído, que não podemos voltar a ocupar. Para isso ele procurou, com o seu projecto da 'transmutação dos valores', reformular os fundamentos dos valores humanos em bases mais profundas do que os ídolos do cristianismo.
Segundo ele, quando o cheiro do cadáver se tornasse inegável, o relativismo, a negação de qualquer valoração, tomaria conta da cultura. Seria tarefa dos verdadeiros filósofos estabelecer novos valores em bases naturais e iminentes, evitando que isso aconteça. Assim, a morte de Deus abriria caminho para novas possibilidades humanas. Os homens, não mais procurando vislumbrar uma realidade sobrenatural, poderiam começar a reconhecer o valor deste mundo. Assumir a morte de Deus seria livrar-se dos pesados ídolos do passado e assumir sua liberdade, tornando-nos eles mesmos deuses. Esse mar aberto de possibilidades seria uma tal responsabilidade que, acreditava Nietzsche, muitos não estariam dispostos a enfrentá-lo. A maioria continuaria a necessitar de regras e de autoridades dizendo o que fazer, como julgar e como ler o mundo."
Isto tudo para quem interpreta hoje as palavras do filósofo. Se eu fosse simplista, poderia dizer que Nietzshe formou-se cedo demais (aproximadamente 20 anos) trabalhou por pouquíssimo tempo (a doença veio à baila) e assim, doente, amando uma mulher que não podia ter, sendo vigiado pela mãe e depois pela irmã, vendendo livro nenhum, rejeitado pelo músico ídolo: Wagner, já não acreditava em um Deus vivo, que pudesse auxiliá-lo em seus muitos momentos difíceis.
Quando Nietzsche faz alusão à morte de Deus ele deseja trazer à tona questões recorrente dentre o decurso histórico humano. O homem em comunidade e posteriormente à sociedade "retiravam" "elaboravam" "explicavam" "interpretavam" sob a ótica dos dogmas, ou seja, todo tipo de explicação para os fenômenos o homem recorria por primeiro e de forma inquestionável aos mandamentos/dogmas. Toda explicação de mundo e coisas neste mundo nestas épocas eram vislumbradas na perspectiva religiosa. Com o desenvolvimento da filosofia dialética Socrática, onde o homem ganha o papel principal colocando os dogmas como coadjuvantes - a degeneração daquela forma religiosa de avaliar é comprometida. Ou seja, é com o surgimento do homem do conhecimento/cientista que a religiosidade é refratada; não é a toa que os discursos não se encaixam quando colocamos diante de nós um homem de ciência e um homem ascético religioso.
Para acreditar na ciência o homem necessariamente é (crente) no próprio homem, na capacidade explicativa dos homem em "interpretar" os fenômenos a sua volta. Já na perspectiva religiosa o homem não é "educado" a explicar os acontecimentos/fenômenos - por ser este apenas providos de uma força maior e inquestionável (Deus).
O que Nietzsche parece nos informar é que a tão discutida "verdade" entre os homens mudou de posição, na antiguidade o MITO era a própria verdade; nos dias de hoje a "verdade" é considerada antípoda do mito.
É verdade ou mito? essa é nossa pergunta no hoje; assim o (mito/inquestionável) ao longo do tempo foi deslocado do religioso para a verdade criadas por homens. Só assim temos ciência embora comprometa o mito, os dogmas diminuindo assim sua credibilidade. Embora o autor alemão critique todo esse "movimento" a favor do homem, ele decreta - Deus esta morto! - ou, a procura para possíveis explicações da vida não esta mais em "Deus" e sim no homem, na ciência!
"Deus esta morto.."
So se for o Deus dele,porque o meu Deus,nao esta morta,ele morreu pelos nossos pecados,mas no 3°dia,ele ressusitou..Ja parou para pensar onde estariamos se jesus nao tivesse feito aquele sacrificio na cruz???talvez ainda estivessemos vivenfo no antigo testamento,sendo apedrejados nesse mesmo instantd...O meu Deus nao esta morto!!!!glorias a Deus...
"deus" é um conceito inventado pelos homens, principalmente para explicar a salvação - a vida apos a morte. Desde a grecia antiga, existem esplicações para isso (acreditava-se no cosmo perfeito e harmonioso).. com o tempo esta ideia foi evoluindo até chegar no deus monoteista dos cristão e mais recentimente o homem consegue se sustentar pela razão, e não precisa mais de uma salvação externa a si mesmo. Deus está morto. A razão, a inteligencia, pode te fazer feliz.. não precisa de um dogma, uma fé que não pode ser explicada para ser feliz.
É isso.
Muitas de suas frases se tornaram famosas, sendo repetidas nos mais diversos contextos, gerando muitas distorções e confusões.
"Deus está morto. Viva Perigosamente. Qual o melhor remédio? - Vitória!".
Era filósofo inteligente e ateu. Prá mim é suficiente porque nunca precisei dele para impressionar alguém e viver dentro da postura acadêmica.
(Obrigado Jurema)
Partindo da idéia de que Deus foi criado pelo imaginário popular como um ser criador, bondoso e justo... o próprio ser humano o "matou", provando que o bom criador pode ser contrariado em sua bondade... Mataram o Deus justiça, o Deus bondade, o Deus perfeição...por isso, para Nietzsche, Deus está morto!
a humanidade... o homem... o humano... foram as religiões que mataram Deus. Esta foi a frase de Nietzsche. Ele queria dizer que a humanidade tratou de criar uma conveniente imagem de Deus, transformá-la conforme as suas necessidades emocionais, e posteriormente descartá-lo quando quizesse, ou solicitá-lo novamente quando precisasse. Questão de egoísmo humano. Sobre a verdadeira existência de Deus, Nietzsche não tem resposta assim como nós. Sobre isto há uma questão de fé. Em que você acredita?
god...