1- Quais as cenas mais marcantes do filme, que estão associadas a psicologia?
2- Como o filme retrata a história do magistério e a influência da igreja na ação do professor que buscava desenvolver no aluno um espírito crítico e libertador?
3- Que associação pode-se fazer entre o desejo de alienação dos alunos por parte da igreja, com o desejo de alienação do povo pela política.
Obrigada pessoal.
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Irlanda, década de 60. Margaret (Anne-Marie Duff) foi estuprada num casamento por seu primo. Bernardette (Nora-Jane Noone) é muito bonita e por isso representa um perigo para os homens da vizinhança. Rose (Dorothy Duffy) e Crispina (Eileen Walsh) são mães solteiras. Por causa disso essas quatro mulheres são mandadas para um convento por seus familiares, com o intento de "pagar por seus pecados". Essa punição é por tempo indeterminado, o que significa uma vida de trabalhos forçados na lavanderia do asilo católico. As internas são conhecidas como "as irmãs Magdalena". Elas são humilhadas regularmente pelas madres, que não toleram desobediência, muitas vezes usando até mesmo castigos físicos.
Sinopse: Os Lares Madalena, na Irlanda, eram de responsabilidade das Irmãs da Misericórdia, em nome da Igreja Católica. Jovens mulheres eram mandadas para lá por suas famílias ou pelos orfanatos e, uma vez lá, ficavam confinadas e obrigadas a trabalhar na lavagem de roupa, onde poderiam expiar seus pecados. Os pecados variavam entre ser mãe solteira, ser bonita ou feia demais, retardada mentalmente, ignorantes ou inteligentes, ou vítimas de estupro. E por seus pecados, elas trabalhavam 364 dias por ano, sem remuneração. Eram mal alimentadas, surradas, humilhadas, estupradas, e seus filhos levados à força. A sentença dessas moças era indefinida. Milhares de mulheres viveram e morreram nesses Lares. O último Asilo Madalena na Irlanda foi fechado em 1996.
http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Battle_for_God
Dirigido por Peter Mullan. Com: Nora-Jane Noone, Dorothy Duffy, Anne-Marie Duff, Eileen Walsh, Geraldine McEwan, Mary Murray, Britta Smith.
Nunca compreendi como a Humanidade pôde (e pode) cometer tantas barbaridades em nome de `Deus`. Para mim, o próprio conceito de Deus envolve, obrigatoriamente, a idéia de aceitação, perdão, compaixão e amor – e, portanto, quando penso, por exemplo, nas Cruzadas, na Inquisição e nos atos terroristas cometidos `por fé`, fico absolutamente pasmo (mesmo que conheça, ou pense conhecer, as verdadeiras motivações – econômicas, políticas ou simplesmente egocêntricas – por trás de cada um destes absurdos).
Um outro terrível exemplo destas grandes tragédias foi revelado na década de 90, quando um cemitério clandestino contendo mais de 150 corpos foi descoberto em um terreno que pertencera a um convento irlandês durante mais de um século: ali funcionara uma das `Lavanderias Madalena`, como eram conhecidos os conventos (controlados por freiras de várias Ordens, como as da Nossa Senhora da Caridade) que serviam de verdadeiros campos de concentração para mulheres de todas as idades. Fundadas no século 19, estas instituições tinham, como objetivo inicial, a `recuperação` de prostitutas irlandesas, mas, com o passar dos anos, passaram a servir de prisão para qualquer mulher que tivesse sua índole questionada: de mães solteiras a adolescentes cujo maior crime era a beleza (o que as qualificava como verdadeiras `tentações` para o sexo oposto), milhares de mulheres foram enclausuradas nestes `conventos`, sendo obrigadas a trabalhar (sem remuneração ou descanso) para mantê-los funcionando – daí o nome `lavanderia`, já que a instituição se especializou em cuidar das roupas de hospitais, penitenciárias, hotéis e dos próprios membros do clero. Por incrível que possa parecer, muitas destas garotas viveram e morreram nestes lugares – cuja última `filial` foi fechada em (!) 1996.
Escrito e dirigido por Peter Mullan, Em Nome de Deus conta a história de três jovens mulheres que foram vítimas das freiras responsáveis pelas Lavanderias Madalena (o nome, obviamente, vem de Maria Madalena, a prostituta perdoada por Jesus): Rose ficou grávida ainda solteira e foi obrigada pelo pai a oferecer o filho para adoção; Bernadette flertava com os rapazes que costumavam abordá-la através das grades do orfanato em que ela morava; e Margaret foi estuprada pelo primo durante uma festa de casamento. Como punição por seus `crimes`, as moças são colocadas sob a jurisdição da rigorosa Irmã Bridget – o que, na prática, significava uma condenação a vários anos de trabalhos forçados.
O espantoso é que a história se passa não no século 18 (o que já seria assustador), mas sim na década de 60 – mesmo período em que o Ocidente começava a apresentar os primeiros sinais da verdadeira revolução sexual que estava por vir. Proibidas até mesmo de conversarem umas com as outras, as prisioneiras (sem aspas, mesmo) eram submetidas a constantes punições físicas e a terríveis humilhações – como ao serem obrigadas a desfilarem nuas para que as freiras pudessem ridicularizar seus corpos. Assim, quando uma das garotas tenta fugir para voltar a morar com o pai extremamente violento (interpretado pelo próprio Peter Mullan), não nos espantamos com o grau de pavor inspirado pelas supostas `irmãs de caridade`.
Da mesma forma, é perfeitamente compreensível que, vez por outra, uma das `pecadoras` decida se tornar noviça – não por vocaçã