empreendimentos arriscados, tanto do ponto de vista
econômico quanto em relação às possibilidades de
sobrevivência dos navegadores. Eram viagens
longas que exigiam grandes recursos; as
embarcações, bastante precárias, movidas a remo ou
a vela; as mais rápidas eram as caravelas,
aperfeiçoadas pelos portugueses.1
A questão econômica foi importante para o processo de expansão marítima numa época em
que o comércio tornava-se a atividade econômica mais importante. Os produtos mais
valorizados eram as especiarias do Oriente.
i
As especiarias eram produtos que, por sua procura e importância, tinham grande aceitação e
valor no mercado europeu, como os temperos: pimenta, gengibre, canela, cravo, noz-moscada,
etc. Importantes para disfarçar o cheiro e o gosto que ficavam nos alimentos devido aos
precários métodos de conservação.
Trazidas do Oriente, as especiarias eram monopolizadas pelos comerciantes da Península
Itálica, sobretudo Gênova e Veneza - que controlavam a rota pelo Mar Mediterrâneo - e
revendidas com margem de lucro altíssima. Os comerciantes de outras regiões que desejavam
participar desse rentável negócio; partiram a procura de novos caminhos e lugares para
conseguir os produtos, evitando a região do Mediterrâneo. Graças a essa iniciativa, os
europeus começaram a exploração do Oceano Atlântico e do Continente Africano, em parte já
conhecido.
Na Europa dos séculos XIV e XV, especiaria podia ser uma flor, um fruto, uma semente, uma
casca ou um caule de planta, secos e com um forte aroma característico. Por exemplo, o
cravo-da-índia é um botão de flor que ainda não se abriu; a noz-moscada é uma semente; a
canela e a cássia são cascas; o gengibre e o açafrão-da-terra, caules subterrâneos.
No passado, além de serem usadas na culinária, essas especiarias eram também utilizadas na
fabricação de óleos, ungüentos, cosméticos, incenso e medicamentos. As madeiras
aromáticas, como a do sândalo, também eram muito procuradas.
Dentre as especiarias transportadas nas chamadas rotas das especiarias, as mais valiosas e
procuradas eram as seguintes:
Cravo-da-índia – O craveiro-da-índia é uma árvore
nativa das ilhas Molucas, na Indonésia. Atualmente
também é cultivado em outras regiões, como
Madagascar e Granada. O Cravo-da-índia é um botão de
flor seco, usado na culinária no preparo de carnes, e na
fabricação de alguns medicamentos.
Gengibre - Caule subterrâneo da planta do gengibre.
Esta especiaria é usada em medicamentos.
Originalmente, o gengibre era encontrado na ilha de
Java, na Índia e na China, mas hoje é cultivado em outras regiões.
Açafrão-da-terra ou curcuma longa – Planta da família do gengibre, nativa da Índia e da
Indonésia. O óleo extraído de seus rizomas era usado na culinária e como corante amarelo
brilhante. Ainda é empregado na medicina e na culinária.
Noz-moscada e macis – A árvore da noz-moscada, a moscadeira, é nativa de ilhas vulcânicas
de extremidade meridional das ilhas Molucas. No interior do fruto, a semente grossa, a nozmoscada, é revestida por uma espécie de estrutura entrelaçada e avermelhada, o macis. Tanto
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Na Rota das Especiarias
[1]
Figura 1: A rota das especiarias.
As viagens marítimas do início do século XV eram
empreendimentos arriscados, tanto do ponto de vista
econômico quanto em relação às possibilidades de
sobrevivência dos navegadores. Eram viagens
longas que exigiam grandes recursos; as
embarcações, bastante precárias, movidas a remo ou
a vela; as mais rápidas eram as caravelas,
aperfeiçoadas pelos portugueses.1
A questão econômica foi importante para o processo de expansão marítima numa época em
que o comércio tornava-se a atividade econômica mais importante. Os produtos mais
valorizados eram as especiarias do Oriente.
i
As especiarias eram produtos que, por sua procura e importância, tinham grande aceitação e
valor no mercado europeu, como os temperos: pimenta, gengibre, canela, cravo, noz-moscada,
etc. Importantes para disfarçar o cheiro e o gosto que ficavam nos alimentos devido aos
precários métodos de conservação.
Trazidas do Oriente, as especiarias eram monopolizadas pelos comerciantes da Península
Itálica, sobretudo Gênova e Veneza - que controlavam a rota pelo Mar Mediterrâneo - e
revendidas com margem de lucro altíssima. Os comerciantes de outras regiões que desejavam
participar desse rentável negócio; partiram a procura de novos caminhos e lugares para
conseguir os produtos, evitando a região do Mediterrâneo. Graças a essa iniciativa, os
europeus começaram a exploração do Oceano Atlântico e do Continente Africano, em parte já
conhecido.
Na Europa dos séculos XIV e XV, especiaria podia ser uma flor, um fruto, uma semente, uma
casca ou um caule de planta, secos e com um forte aroma característico. Por exemplo, o
cravo-da-índia é um botão de flor que ainda não se abriu; a noz-moscada é uma semente; a
canela e a cássia são cascas; o gengibre e o açafrão-da-terra, caules subterrâneos.
No passado, além de serem usadas na culinária, essas especiarias eram também utilizadas na
fabricação de óleos, ungüentos, cosméticos, incenso e medicamentos. As madeiras
aromáticas, como a do sândalo, também eram muito procuradas.
Dentre as especiarias transportadas nas chamadas rotas das especiarias, as mais valiosas e
procuradas eram as seguintes:
Cravo-da-índia – O craveiro-da-índia é uma árvore
nativa das ilhas Molucas, na Indonésia. Atualmente
também é cultivado em outras regiões, como
Madagascar e Granada. O Cravo-da-índia é um botão de
flor seco, usado na culinária no preparo de carnes, e na
fabricação de alguns medicamentos.
Gengibre - Caule subterrâneo da planta do gengibre.
Esta especiaria é usada em medicamentos.
Originalmente, o gengibre era encontrado na ilha de
Java, na Índia e na China, mas hoje é cultivado em outras regiões.
Açafrão-da-terra ou curcuma longa – Planta da família do gengibre, nativa da Índia e da
Indonésia. O óleo extraído de seus rizomas era usado na culinária e como corante amarelo
brilhante. Ainda é empregado na medicina e na culinária.
Noz-moscada e macis – A árvore da noz-moscada, a moscadeira, é nativa de ilhas vulcânicas
de extremidade meridional das ilhas Molucas. No interior do fruto, a semente grossa, a nozmoscada, é revestida por uma espécie de estrutura entrelaçada e avermelhada, o macis. Tanto