O fato de um composto provocar o "giro" da luz polarizada, faz com que ele possua atividade óptica.
Atividade óptica só é possível em moléculas assimétricas, ou seja, moléculas que possuem carbono quiral (ou estereocentro).
ISOMERIA ÓPTICA
Os isômeros ópticos são compostos capazes de desviar a luz polarizada. Caso o isômero óptico provoque o giro da luz polarizada para a direita, o enantiômero é denominado dextrógiro (D, +). Caso o enantiômero provoque o giro da luz polarizada para a esquerda, o composto é denominado levógiro (L, -).
É necessário atenção, pois os enantiômeros não são superponíveis, assim como o levógiro não se superpõe ao dextrógiro.
Muito boa pergunta,Tata, é o tipo de questão que não vemos em livros didáticos.
Os compostos quirais costumam desviar a luz polarizada que atravessam uma solução que os contém. Isto todos sabemos e engolimos.
Por que?
Os compostos quirais são diferentes dos outros por possuírem uma estrutura tal que não pode ser sobreponível.
Quando uma luz incide sobre uma solução, ocorre a interação entre as moléculas presentes no meio e esta luz, sendo que alguns pontos da molécula desviam melhor esta luz.
Em uma molécula quiral, haverá sempre a tendência de quando o sítio que melhor desvia a luz esteja voltado para a fonte da luz polarizada, quando isto acontece, esta luz será sempre desviada para o mesmo lado.
Vamos fazer um paralelo com o mundo macroscópico.
Imagine uma solução de automóveis que só tenham o retrovisor esquerdo, ajustado pelo motorista e podem refletir a luz vinda de um ponto fixo. Estes automóveis giram livre e aleatoriamente no espaço. Repare que apenas no ponto em que o retrovisor estiver direcionado a receber o raio luminoso haverá o reflexo, que será sempre o mesmo, ou seja, para o lado em que foi feito o ajuste do motorista. Veja que a luz é polarizada, ou seja, ela está presente apenas em um plano, não sendo possível desviá-la para cima ou para baixo, apenas para os lados.
Se o carro estiver de lado, de frente, voltado para cima ou para baixo, e temos que admitir também que se ele estiver de ponta cabeça, não haverá efeito algum.
Em termos moleculares, existem bilhões e bilhões de moléculas posicionadas favoravelmente, que podem refletir este raio luminoso, e o farão sempre para um mesmo ponto.
Devemos também admitir que todas as posições em que a molécula estiver haverá um maior ou menor desvio, mas que a resultante será sempre uma resultante, que terá como resultado o desvio para onde os valores forem mais intensos.
Se nosso carro tivesse só o retrovisor direito, o desvio seria para o lado oposto, e se tivesse ambos retrovisores, um desvio anularia o outro, e a luz sairia com um ângulo de desvio zero.
Espero não ter complicado ainda mais seu entendimento.
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O fato de um composto provocar o "giro" da luz polarizada, faz com que ele possua atividade óptica.
Atividade óptica só é possível em moléculas assimétricas, ou seja, moléculas que possuem carbono quiral (ou estereocentro).
ISOMERIA ÓPTICA
Os isômeros ópticos são compostos capazes de desviar a luz polarizada. Caso o isômero óptico provoque o giro da luz polarizada para a direita, o enantiômero é denominado dextrógiro (D, +). Caso o enantiômero provoque o giro da luz polarizada para a esquerda, o composto é denominado levógiro (L, -).
É necessário atenção, pois os enantiômeros não são superponíveis, assim como o levógiro não se superpõe ao dextrógiro.
Muito boa pergunta,Tata, é o tipo de questão que não vemos em livros didáticos.
Os compostos quirais costumam desviar a luz polarizada que atravessam uma solução que os contém. Isto todos sabemos e engolimos.
Por que?
Os compostos quirais são diferentes dos outros por possuírem uma estrutura tal que não pode ser sobreponível.
Quando uma luz incide sobre uma solução, ocorre a interação entre as moléculas presentes no meio e esta luz, sendo que alguns pontos da molécula desviam melhor esta luz.
Em uma molécula quiral, haverá sempre a tendência de quando o sítio que melhor desvia a luz esteja voltado para a fonte da luz polarizada, quando isto acontece, esta luz será sempre desviada para o mesmo lado.
Vamos fazer um paralelo com o mundo macroscópico.
Imagine uma solução de automóveis que só tenham o retrovisor esquerdo, ajustado pelo motorista e podem refletir a luz vinda de um ponto fixo. Estes automóveis giram livre e aleatoriamente no espaço. Repare que apenas no ponto em que o retrovisor estiver direcionado a receber o raio luminoso haverá o reflexo, que será sempre o mesmo, ou seja, para o lado em que foi feito o ajuste do motorista. Veja que a luz é polarizada, ou seja, ela está presente apenas em um plano, não sendo possível desviá-la para cima ou para baixo, apenas para os lados.
Se o carro estiver de lado, de frente, voltado para cima ou para baixo, e temos que admitir também que se ele estiver de ponta cabeça, não haverá efeito algum.
Em termos moleculares, existem bilhões e bilhões de moléculas posicionadas favoravelmente, que podem refletir este raio luminoso, e o farão sempre para um mesmo ponto.
Devemos também admitir que todas as posições em que a molécula estiver haverá um maior ou menor desvio, mas que a resultante será sempre uma resultante, que terá como resultado o desvio para onde os valores forem mais intensos.
Se nosso carro tivesse só o retrovisor direito, o desvio seria para o lado oposto, e se tivesse ambos retrovisores, um desvio anularia o outro, e a luz sairia com um ângulo de desvio zero.
Espero não ter complicado ainda mais seu entendimento.