Prosopopeia ou personificação é uma figura de linguagem que consiste em atribuir linguagem, sentimentos e ações de seres humanos a seres inanimados ou irracionais.
Exemplos:
(Excertos de poemas de Manuel Bandeira)
A Estrela
(...) Não baixava aquela estrela?
Por que tão alta luzia?
E ouvi-a na sombra funda
Responder que assim fazia
Para dar uma esperança
Mais triste ao fim do meu dia.Ocorre prosopopeia ou personificação da 'estrela', quando o eu-poético diz que ouviu a estrela responder, isto é, ele deu características humanas para um ser inanimado: E ouvi-a na sombra funda/ responder que assim fazia.
Pensão familiar
(..) Os girassóis
amarelo!
resistem.
E as dálias rechonchudas, plebeias, dominicais.(...)
A prosopopeia está figurada na sugestão do elemento humano na presença dos vegetais animizados. Os girassóis representam os que estão lutam para manter a riqueza; as dálias, flores vistosas mas sem perfume, representam as mulheres 'gordinhas' 'bem vestidas', querendo uma posição de destaque.
Answers & Comments
Verified answer
Prosopopeia ou personificação é uma figura de linguagem que consiste em atribuir linguagem, sentimentos e ações de seres humanos a seres inanimados ou irracionais.
Exemplos:
(Excertos de poemas de Manuel Bandeira)
A Estrela
(...) Não baixava aquela estrela?
Por que tão alta luzia?
E ouvi-a na sombra funda
Responder que assim fazia
Para dar uma esperança
Mais triste ao fim do meu dia.Ocorre prosopopeia ou personificação da 'estrela', quando o eu-poético diz que ouviu a estrela responder, isto é, ele deu características humanas para um ser inanimado: E ouvi-a na sombra funda/ responder que assim fazia.
Pensão familiar
(..) Os girassóis
amarelo!
resistem.
E as dálias rechonchudas, plebeias, dominicais.(...)
A prosopopeia está figurada na sugestão do elemento humano na presença dos vegetais animizados. Os girassóis representam os que estão lutam para manter a riqueza; as dálias, flores vistosas mas sem perfume, representam as mulheres 'gordinhas' 'bem vestidas', querendo uma posição de destaque.
“O cipreste inclina-se em fina reverência
e as margaridas estremecem, sobressaltadas.
(Cecília Meireles)
“A ventania às vezes surpreendia
as janelas abertas do meu lar
e então as doces sombras se moviam
trêmulas, trêmulas a bailar”.
(Jorge de Lima)
“Bailando no ar, gemia inquieto vagalume:
- Quem me dera que fosse aquela loura estrela,
Que arde no eterno azul, como uma eterna vela!”
(Machado de Assis)
Poema tem alguns, tem um do Castro Alves que o título já é: Vozes d' África. Dá uma olhada nesse vídeo (https://www.youtube.com/watch?v=1_4OSHzqGRc) que pode ajudar. Abraços!