IDEALIZAÇÃO DA MULHER - - Teresa é a mulher-anjo (aparece vestida de anjo);
- Simão é romântico no arrebatamento dos sentimentos;
- Simão é um idealista apaixonado;
- a transformação de Simão é romântica;
- Mariana é também a mulher-anjo;
SENTIMENTALISMO
- a correspondência trocada entre Simão e Teresa é muito sentimental;
FATALISMO E IDÉIA DE MORTE
- o fatalismo que recai sobre Simão e Teresa: ao mesmo tempo que Teresa agonizava no convento, Simão, ao partir para o degredo e ao saber da morte de Teresa, tomado de febre maligna, morre;
GOSTO PELO NOTURNO
- as cenas mais importantes acontecem à noite ou ao raiar da aurora;
EGOCENTRISMO
- o triunfo do individualismo sobre as prepotências sociais: Simão, bem como Teresa, recusa-se a ceder à prepotência dos pais e acaba por matar Baltazar,pretendente de Teresa e preferido pelos pais dela;*
"_ Hás de casar! Quero que cases! Quero... quando não, serás amaldiçoada para sempre, Teresa! Morrerás num convento!"
No capÃtulo VIII, pág 73, Mariana delineia a morte como solução para outro tipo de conflito, num diálogo com Simão ela assim diz, referindo á possibilidade de seu pai ser condenado por um crime:
" Teria treze anos; mas estava resolvida a atirar-me ao poço, se ele fosse condenado à morte. Se o degredassem, então ia com ele; ia morrer onde ele fosse morrer"
Seres apaixonados em luta contra uma sociedade injusta, preconceituosa e materialista, que não desistem de sua luta maior, pelo seu amor. Sabem que não deveriam ter se apaixonado pelo outro, mas não conseguem abdicar da paixão que fatalmente os uniu. Enfrentam todas as variações que lhes impõem o destino, buscando loucamente uma felicidade que se apresenta cada vez mais distante.
A personagem Mariana amo sem sercorrespondida, e parece encontrar forças mesmo neste amor unilateral, ela consegue encontrarprazer em seu sofrimento, pois acompanha Simão por todo o seu calvário, sequer vacilando uma única vez. Nas palavras de Nietzche:
"A nossa natureza mais Ãntima, o fundo comum do nosso ser, encontra um prazer indispensável e uma alegria profunda na imensa paixão de sonhar"
No capÃtulo XIX na pág 139, já caminhando para o final d
O livro trata do amor impossÃvel e discute a oposição entre a emoção e os limites impostos pela sociedade à realização da paixão. Sem conseguir o objeto da paixão, o herói romântico confirma seu destino trágico. Nele, o mesmo amor que redime resulta em morte, conforme antecipa o narrador-autor na introdução do livro, ao comentar o destino do seu herói: “Amou, perdeu-se e morreu amando”.
No dia previsto para que Teresa mude de convento, Simão decide raptá-la. Dá-se um novo confronto com Baltasar Coutinho, que leva um tiro na testa e morre.
Simão entrega-se à polÃcia e dispensa a ajuda da famÃlia para sair da cadeia.
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Características românticas em Amor de Perdição:
IDEALIZAÇÃO DA MULHER - - Teresa é a mulher-anjo (aparece vestida de anjo);
- Simão é romântico no arrebatamento dos sentimentos;
- Simão é um idealista apaixonado;
- a transformação de Simão é romântica;
- Mariana é também a mulher-anjo;
SENTIMENTALISMO
- a correspondência trocada entre Simão e Teresa é muito sentimental;
FATALISMO E IDÉIA DE MORTE
- o fatalismo que recai sobre Simão e Teresa: ao mesmo tempo que Teresa agonizava no convento, Simão, ao partir para o degredo e ao saber da morte de Teresa, tomado de febre maligna, morre;
GOSTO PELO NOTURNO
- as cenas mais importantes acontecem à noite ou ao raiar da aurora;
EGOCENTRISMO
- o triunfo do individualismo sobre as prepotências sociais: Simão, bem como Teresa, recusa-se a ceder à prepotência dos pais e acaba por matar Baltazar,pretendente de Teresa e preferido pelos pais dela;*
A MORTE COM TRANSCENDÃNCIA EM AMOR DE PERDIÃAÃ DE CAMILO CASTELO BRANCO
Amor de Perdição é uma novela romântica, levando em conta a forma com que agem seus personagens- os seguem cegamente os impulsos do coração- o final trágico e a pressão dramática que está presente em toda a obra. Levando-se também em conta o fato de a obra estar inserida no contexto do Romantismo, ao qual apresenta-se como excelente exemplo. Na época do Romantismo, uma forma de amar inconseqüente concretizou-se no plano literário e artÃstico: sentimentos conflituosos e paixões ilimitadas. Se há impedimentos ao amor, igualmente há uma saÃda para que ela triunfe mesmo no caos, essa saÃda é a morte, transcendência do amor não possibilitado em vida. O que seria do amor na vida perante a eternidade do amor na morte?
Nesta novela, as intrigas constroem- se em torno de três elementos fundamentais: a famÃlia, o casamento e o amor. O casal luta pela concretização de seus sentimentos, passando por todo tipo de provações, mas com a permanente idéia de que sua união através do amor poderá ser conseguida na morte, se esgotados todos os recursos em vida. Esse é o amor ideal, verdadeiro, ilimitado, objeto de trabalho dos românticos.
Chama a atenção a permanente ligação do amor á idéia da morte, chegando-se mesmo a concluir por sua necessidade em determinado momento, quando os caminhos se estreitam de tal forma que outra escolha não se faz possÃvel.
Inicialmente temos o triângulo amoroso formado por Teresa, Simão e Baltasar. Depois, a formação de outro triângulo amoroso: Teresa, Simão e com a presença de Mariana como elemento de ligação entre o amor de Simão e Teresa. Mesmo amando Simão, Mariana não rivaliza com Teresa, muitas vezes até auxiliando o casal apaixonado, intermediando a correspondência entre eles. Adianta- se que todos eles terão o meso final trágico: a morte. No entanto, há problemas para a concretização do amor de Simão e Teresa: a rivalidade entre as famÃlias e o comprometimento de Teresa em casar-se com seu primo Baltasar: No capÃtulo II, pág 35 há a primeira menção à morte como solução, num bilhete escrito por Teresa a Simão:
"Não me esqueças tu e achar-me-ás no convento ou no céu, sempre tua de coração e sempre leal"
Até mesmo o pai de Teresa, no capÃtulo IV pág 44, prefere a, morte como solução ao impasse de sua recusa ao casamento com o primo Baltasar:
"_ Hás de casar! Quero que cases! Quero... quando não, serás amaldiçoada para sempre, Teresa! Morrerás num convento!"
No capÃtulo VIII, pág 73, Mariana delineia a morte como solução para outro tipo de conflito, num diálogo com Simão ela assim diz, referindo á possibilidade de seu pai ser condenado por um crime:
" Teria treze anos; mas estava resolvida a atirar-me ao poço, se ele fosse condenado à morte. Se o degredassem, então ia com ele; ia morrer onde ele fosse morrer"
Simão ama Teresa, que cada vez lhe parece mais distante. Provavelmente essa distância que existe para a concretização de seu amor só faz aumentar ainda mais seu sentimento. Percebe-se a insistência sobre a inseparabilidade do prazer e da dor, como se para amar tivesse também que sofrer, pois o amor seria elevado por esse sofrimento. Segundo Walter Benjamin "a vida trágica é mais imanente de todas as vidas, por isso seus limites sempre se fundem com os da morte... para a tragédia, a morte – o limite em si – é uma realidade sempre indissoluvelmente ligada a cada um dos acontecimentos trágicos"
Seres apaixonados em luta contra uma sociedade injusta, preconceituosa e materialista, que não desistem de sua luta maior, pelo seu amor. Sabem que não deveriam ter se apaixonado pelo outro, mas não conseguem abdicar da paixão que fatalmente os uniu. Enfrentam todas as variações que lhes impõem o destino, buscando loucamente uma felicidade que se apresenta cada vez mais distante.
Assim, quando se torna impossÃvel a resistência, quando os interesses familiares e sociais mostram-se mais fortes, a união dos apaixonados só será possÃvel por uma via: a morte.O amor romântico encontra na morte a sua mais pura forma de realização, o papel da morte é apresentar-se como solução ao amor terrenamente impossÃvel. Nesta visão trágica do mundo encontram-se fundidas vida e morte, ascensão e decadência da pretensa realização de desejos. Aceitar um sentimento com tantas forças contrárias é, também, aceitar a infelicidade e a aceitação trágica da morte decorre da impossibilidade de concretização do amor, ou seja, a transcendência deste sentimento.
A personagem Mariana amo sem sercorrespondida, e parece encontrar forças mesmo neste amor unilateral, ela consegue encontrarprazer em seu sofrimento, pois acompanha Simão por todo o seu calvário, sequer vacilando uma única vez. Nas palavras de Nietzche:
"A nossa natureza mais Ãntima, o fundo comum do nosso ser, encontra um prazer indispensável e uma alegria profunda na imensa paixão de sonhar"
No capÃtulo XIX na pág 139, já caminhando para o final d
Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo. Quase sempre os personagens morrem de amor. No livro Amor de perdiçao é possivel encontrar todas essas caracteristicas.
Abços!
http://www.youtube.com/watch?v=KpwtDZiqxuQ
Amor e Perdição é um romance romãntico
AMOR DE PERDIÃÃO
Marco do Ultra-Romantismo português, Amor de Perdição, publicado em 1862, foi muito bem-recebido pelo público em seu lançamento.
A obra é considerada uma espécie de Romeu e Julieta lusitano.
Camilo Castelo Branco pertence à Segunda fase do Romantismo português, chamada Ultra-Romantismo – corrente literária da segunda metade do século XIX que leva ao exagero os ideais românticos. Escreveu vários gêneros de novelas: satÃricas, históricas e de suspense. Mas foram suas novelas passionais – como Amor de Perdição – que lhe deram maior projeção dentro da literatura portuguesa.
Nesta novela passional, de temática romântica exemplar, o escritor levou às últimas conseqüências a idéias de que o sentimento deve sobrepor-se à vida e à razão.
O livro trata do amor impossÃvel e discute a oposição entre a emoção e os limites impostos pela sociedade à realização da paixão. Sem conseguir o objeto da paixão, o herói romântico confirma seu destino trágico. Nele, o mesmo amor que redime resulta em morte, conforme antecipa o narrador-autor na introdução do livro, ao comentar o destino do seu herói: “Amou, perdeu-se e morreu amando”.
1. UMA NOVELA ULTRA-ROMÃNTICA. Amor de Perdição é uma obra-prima do Ultra-Romantismo português. Tem um narrador em primeira pessoa, que não participa dos acontecimentos, mas conhece os fatos passados por “ouvir falar” e “por pesquisar em documentos”. Conta a história do amor impossÃvel dos jovens Simão e Teresa, separados por rivalidades entre suas famÃlias – os Albuquerques e os Botelhos, moradores da cidade de Viseu, em Portugal, e inimigos por questões financeiras.
.1a. A APOTEOSE DO SENTIMENTO. O corregedor Domingos Botelho e sua mulher Rita Preciosa têm cinco filhos, entre eles Simão, que desde pequeno demonstra um temperamento explosivo e indolente, e Manuel, calmo e ponderado. O primeiro vai estudar em Coimbra depois de uma confusão doméstica, em que toma a defesa de um criado da famÃlia. Lá, adota os ideais igualitários da Revolução Francesa e acaba preso durante seis meses por badernas e arruaças. Quando sai da cadeia, volta a Viseu, onde conhece e se apaixona por Teresa, sua vizinha que tem 15 anos e é filha de uma famÃlia inimiga da sua. Com o objetivo de separar Simão e Teresa, o pai da moça ameaça mandá-la para o convento, enquanto Domingos Botelho envia Simão de volta a Coimbra. Uma velha mendiga faz o papel de pombo-correio do casal, levando as cartas trocadas entre os dois jovens apaixonados.
1b. A MUDANÃA DE SIMÃO. Movido pelo amor a Teresa, Simão decide se regenerar e estudar muito. Nesse meio tempo, o irmão Manuel, que chegara a Coimbra, foge para a Espanha com uma açoriana casada. A irmã caçula de Simão – Ritinha – faz amizade com Teresa. O pai da heroÃna quer casá-la com o primo Baltasar Coutinho – ordem que a moça se nega a cumprir. As intenções do pai de sua amada fazem Simão retornar clandestinamente para Viseu, hospedando-se na casa do ferreiro João da Cruz, antigo conhecido da famÃlia Botelho. Simão combina encontrar-se à s escondidas com Teresa no dia do aniversário da moça, mas o encontro é transferido porque Teresa é seguida.
1c. AMOR E MORTE. Na data combinada, Simão vai ao encontro marcado levando consigo o ferreiro João da Cruz e outros amigos. Depara-se com Baltasar que, na companhia de alguns criados, fora até o local para matar Simão. Na briga, dois dos criados de Baltasar são mortos. Ferido, Simão convalesce na casa de João da Cruz. Teresa vai para um convento. Mariana, filha do ferreiro apaixonada por Simão, empresta a ele suas economias para que vá atrás de Teresa, dizendo que o dinheiro pertence à mãe do próprio Simão.
No dia previsto para que Teresa mude de convento, Simão decide raptá-la. Dá-se um novo confronto com Baltasar Coutinho, que leva um tiro na testa e morre.
Simão entrega-se à polÃcia e dispensa a ajuda da famÃlia para sair da cadeia.
Levado a julgamento, é condenado à forca. Enquanto isso, Mariana enlouquece de amor e a saúde de Teresa definha no convento. Na cadeia, Simão passa os dias lendo e escrevendo cartas. João da Cruz é assassinado pelo filho do criado de Baltasar Coutinho. Mariana, que estava na cidade do Porto, volta a Viseu para tomar posse da herança, confiada a Simão. Tardiamente, o pai de Simão pede que sua pena seja comutada em dez anos de prisão, mas o filho rejeita a ajuda paterna. Prefere o desterro para as Ãndias. Na data em que a nau dos condenados parte, Teresa morre no convento. Ao saber da morte de sua amada, Simão adoece, vindo a falecer no décimo dia de viagem. Quando seu corpo é jogado ao mar, Mariana que o havia acompanhado, lança-se da proa, suicidando-se abraçada à mortalha do amado.
PARA LEMBRAR:
O narrador-autor de Amor de Perdição conta fatos reais, romanceados a partir dos relatos de uma tia que o criou. Preocupa-se em transcrever documentos para dar autenticidade às aventuras que vai narrar. Essa preocupação do autor é