Crioulo (em castelhano criollo, em francês créole e em italiano creolo) era, originalmente, o filho do europeu ou africano nascido na América ou o filho de casamento interracial em que um dos pais era espanhol ou português (os filhos de casamentos entre portugueses não eram chamados crioulos).
No Brasil do século XIX e anterior, chamava-se de crioulos os escravos não-mestiços que tinham nascido na terra, diferenciando-os daqueles nascidos na África. Os escravos africanos que sabiam falar português e conheciam os costumes brasileiros, eram chamados de "negros ladinos" (derivado de latinos, mas já com a conotação de esperto). Escravos africanos que desconheciam a língua portuguesa e os costumes da nova terra eram denominados "negros boçais". Certamente, este tom pejorativo contaminou posteriormente o significado de crioulo. Em geral, os escravos mestiços eram apenas chamados de mulatos, já subentendendo-se que sabiam falar português e conheciam os costumes locais como os escravos crioulos.
No Brasil do século XX e atual, a palavra crioulo designa pessoas de pele escura descendentes de africanos subsaarianos, incluindo negros e mulatos, e pode ser considerado racialmente ofensivo. Não inclui pessoas de origem asiática, norte-africana, Ameríndios ou qualquer outra que tenha a pele escura.
No mundo lusófono, o termo crioulo denomina os filhos de casamentos inter-raciais ou, por extensão, as culturas nascidas do encontro entre o mundo europeu e o africano (como a caboverdiana ou a santomense). Em geral, este termo não tem conotação ofensiva nestas regiões. A conotação desta palavra como miscigenação originou a expressão língua crioula para designar as línguas resultantes da mistura de dois ou mais idiomas distintos, em geral, as que surgiram nos territórios colonizados pelos europeus como mistura de idiomas europeus e não-europeus.
Na América espanhola, criolo, em geral, designa uma pessoa descendente de europeus que tenha nascido na América. Os filhos dos grandes aristocratas europeus - em especial espanhóis - que tinham filhos nascidos em terras americanas, chamavam a seus filhos de criollo. O termo era então usado como sinônimo para todo aquele que nascesse fora de seu país de origem. Atualmente o termo apresenta várias nuances desse significado original dependendo de cada país ou região da América espanhola. Por exemplo, na Argentina, o termo é utilizado geralmente para referir-se aos descendentes dos antigos colonizadores espanhóis que vivem no interior do país, mas não aos descendentes dos imigrantes mais recentes, mesmo que descendentes de espanhóis.
No Rio Grande do Sul, estado brasileiro fronteiriço com a Argentina e Uruguai, a palavra crioulo é utilizada para designar os descendentes dos antigos colonizadores portugueses, isto é, o gaúcho tradicional, como se pode ver no nome do Museu Crioulo e do programa de televisão Galpão Crioulo. Entretanto, cientes do seu uso no resto do Brasil, alguns procuram diferenciar, utilizando a palavra "crioulo" para designar pessoas de pele escura e a palavra espanhola "criolo" para designar os descendentes brancos dos antigos colonizadores portugueses. Assim, denominam de "Balcão do Criolo" a uma janela do palácio do governo estadual de onde os antigos presidentes da província e governadores costumavam discursar para o povo.
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Crioulo (em castelhano criollo, em francês créole e em italiano creolo) era, originalmente, o filho do europeu ou africano nascido na América ou o filho de casamento interracial em que um dos pais era espanhol ou português (os filhos de casamentos entre portugueses não eram chamados crioulos).
No Brasil do século XIX e anterior, chamava-se de crioulos os escravos não-mestiços que tinham nascido na terra, diferenciando-os daqueles nascidos na África. Os escravos africanos que sabiam falar português e conheciam os costumes brasileiros, eram chamados de "negros ladinos" (derivado de latinos, mas já com a conotação de esperto). Escravos africanos que desconheciam a língua portuguesa e os costumes da nova terra eram denominados "negros boçais". Certamente, este tom pejorativo contaminou posteriormente o significado de crioulo. Em geral, os escravos mestiços eram apenas chamados de mulatos, já subentendendo-se que sabiam falar português e conheciam os costumes locais como os escravos crioulos.
No Brasil do século XX e atual, a palavra crioulo designa pessoas de pele escura descendentes de africanos subsaarianos, incluindo negros e mulatos, e pode ser considerado racialmente ofensivo. Não inclui pessoas de origem asiática, norte-africana, Ameríndios ou qualquer outra que tenha a pele escura.
No mundo lusófono, o termo crioulo denomina os filhos de casamentos inter-raciais ou, por extensão, as culturas nascidas do encontro entre o mundo europeu e o africano (como a caboverdiana ou a santomense). Em geral, este termo não tem conotação ofensiva nestas regiões. A conotação desta palavra como miscigenação originou a expressão língua crioula para designar as línguas resultantes da mistura de dois ou mais idiomas distintos, em geral, as que surgiram nos territórios colonizados pelos europeus como mistura de idiomas europeus e não-europeus.
Na América espanhola, criolo, em geral, designa uma pessoa descendente de europeus que tenha nascido na América. Os filhos dos grandes aristocratas europeus - em especial espanhóis - que tinham filhos nascidos em terras americanas, chamavam a seus filhos de criollo. O termo era então usado como sinônimo para todo aquele que nascesse fora de seu país de origem. Atualmente o termo apresenta várias nuances desse significado original dependendo de cada país ou região da América espanhola. Por exemplo, na Argentina, o termo é utilizado geralmente para referir-se aos descendentes dos antigos colonizadores espanhóis que vivem no interior do país, mas não aos descendentes dos imigrantes mais recentes, mesmo que descendentes de espanhóis.
No Rio Grande do Sul, estado brasileiro fronteiriço com a Argentina e Uruguai, a palavra crioulo é utilizada para designar os descendentes dos antigos colonizadores portugueses, isto é, o gaúcho tradicional, como se pode ver no nome do Museu Crioulo e do programa de televisão Galpão Crioulo. Entretanto, cientes do seu uso no resto do Brasil, alguns procuram diferenciar, utilizando a palavra "crioulo" para designar pessoas de pele escura e a palavra espanhola "criolo" para designar os descendentes brancos dos antigos colonizadores portugueses. Assim, denominam de "Balcão do Criolo" a uma janela do palácio do governo estadual de onde os antigos presidentes da província e governadores costumavam discursar para o povo.
Os Criollos eram os brancos nascidos na América e descendentes dos espanhóis. Eram ricos, proprietários de terras mas, não tinham os mesmos privilégios dos Chapetones. Podiam ser também comerciantes ou arrendatários das minas. Eles tinham dinheiro mas não tinham acesso aos cargos mais altos porque esses cargos só podiam ser dos Chapetones. Os Criollos então, começaram a usar seu dinheiro para estudar. Muitos iam para as universidades americanas ou européias e, assim tomavam conhecimento das idéias de liberdade que corriam mundo com o Iluminismo.
A colonização da América pelos europeus resultou da procura de uma rota marÃtima para a Ãndia, que era a fonte da seda e das especiarias, produtos que tinham um grande valor comercial no “velho continente”. Ao navegarem para oeste, encontraram o “Novo Mundo”.
A América foi inicialmente povoada por Ãndios durante milhares de anos e em todo o continente se desenvolveram civilizações importantes, como os maias, astecas e incas. Apesar dos vikings terem explorado e estabelecido bases nas costas da América do Norte a partir do século X, estes exploradores aparentemente não colonizaram a América, limitando-se a tentar controlar o comércio de peles de animais e outras mercadorias da região.