Não vou por gosto, o destino é quem quer."
Tenho que fazer uma pequena viagem. Estarei de volta lá pelas 21h.
Te aguardo com todo carinho e um presente:
Eu tenho um colar de pérolas
Enfiado para te dar:
As per'las são os meus beijos,
O fio é o meu penar.
Fernando Pessoa
Postei perguntas novas, tem uma sobre poesia, tenho certeza que tocarás sua lira com todo brilho nela.
Os beijos e estrelas são proporcionalmente correspondentes ao tamanho do colar, e perdi a conta de quantas voltas ele dá.
Jura mesmo que volta? Sm vc fica faltando alguma coisa no yr! Não podemos viver sem vc!!! muitos beijos!!!
até amanhã, até amanhã se deus quiser- ataulfo alves?
Ta chovendo mulher na sua orta em rapa..... Ta bem na fita.
Poeta,
não deixe mesmo de voltar. Ficaremos sentindo a sua falta.
Uma otima viagem.
chatnoirvan
Ta bom, Boa Noite!
Noel Rosa (Carnaval de 1933)
Até amanhã, se Deus quiser
Se não chover,
Eu volto pra te ver, ó, mulher!
De ti gosto mais que outra qualquer
Não vou por gosto
O destino é quem quer
Adeus é pra quem deixa a vida
à sempre na certa em que eu jogo
Três palavras vou gritar por despedida
"Até amanhã, até já, até logo!"
O mundo é um samba em que eu danço
Sem nunca sair do meu trilho
Vou cantando o seu nome sem descanso
Pois do meu samba tu és o estribilho
Eu sei me livrar do perigo
No golpe de azar eu não jogo
à por isso que risonho eu te digo:
Gravada originalmente em 1932 na Odeon por João Petra de Barros, acompanhado pelo Gente Boa, e lançada em discos 78 rpm. Esta gravação não contém a última estrofe aqui apresentada.
Outras gravações conhecidas são as de Almirante (no rádio, 1946), Gilberto Alves (1952), MarÃlia Batista (1952), Britinho (piano, 1956), Dilermando Pinheiro (1957), Carolina Cardoso de Menezes, Luiz Roberto (1961), Trio Irakitan (1961), Sambistas da Guanabara (1961), SÃlvio Caldas (1962), Waldir Calmon (1962), Ciro Monteiro, Aracy de Almeida (1966), Radamés Gnattali e Orquestra, Banda do Canecão (1967), Elizeth Cardoso & Jacob do Bandolim (1968), Marlene com Blecaute & Nuno Roland (1968), Jair Rodrigues (1969), Moreira da Silva (1973), Os Velhinhos Transviados (1975), Pedro Vargas & SÃlvio Caldas (1978), Grupo dos Foliões (1978), Arthur Moreira Lima (piano, 1978), Horacina Correa & Tamba Trio, Os Três Moraes (1973), Grupo 10.001 & Vocal Documenta (1975), Conjunto Coisas Nossas (1983), MPB-4 (1987), Saraiva (sax-soprano), Comando Geral, Banda Carioca, Guiba (cavaquinho, 1995), As Gatas, Coral da Escola de Samba Unidos de Vila Isabel (1996), Ivan Lins & EmÃlio Santiago (1997), entre outras.
Após a dissolução do Bando de Tangarás em 1932, Noel recebeu um convite de Francisco Alves para integrar o conjunto Ases do Samba, substituindo Lamartine Babo - que estava adoentado - numa excursão pelo sul do paÃs. O grupo era formado por Nonô (piano), Peri Cunha (bandolim), Noel (violão), além de Mário Reis e Francisco Alves (vocais). A formação original incluÃa Chico e Mário cantando e Lamartine contando piadas e fazendo paródias. Quando surgiu a oportunidade de excursionar pelo sul, Francisco Alves queria que o grupo original fosse mantido, mas Lamartine, enfermo, não podia se ausentar do Rio. Daà o convite a Noel e a estruturação do novo Ases do Samba.
Em Porto Alegre, Noel apaixonou-se por uma moça (fato comum em sua vida), vizinha da pensão onde se hospedara. João Máximo e Carlos Didier nos contam de onde veio a inspiração de Noel para compor Até amanhã1:
"Na véspera de tomar o navio, Noel conversa com a morena, ele da sua pensão, ela na janela da casa em frente. Chove muito. Noel gostaria que estivessem juntos em vez de separados pelo aguaceiro que desaba sobre a rua estreita. Alguém a chama lá dentro. A morena entra apressada, com tempo apenas para dizer:
- Até amanhã...
Não haverá amanhã. Noel viaja sem voltar a vê-la. No navio que o leva de Porto Alegre a Florianópolis, completa o samba que começou a escrever no seu quarto de pensão".
Pelo seu próprio conteúdo, o destino tornou Até amanhã, vamos assim dizer, um hino de despedida, principalmente para artistas poderem finalizar seus shows, constrangendo o público a pedir o bis.
Boa viagem e vá na fé irmão!!!!
Bon voyage! Au revoir!
Estranho...
Por esse jeito de falar...
Acho que sei quem é você poeta.
Beijinhos.
Até meu grande Poeta, vá e volte com Deus, beijão.
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Te aguardo com todo carinho e um presente:
Eu tenho um colar de pérolas
Enfiado para te dar:
As per'las são os meus beijos,
O fio é o meu penar.
Fernando Pessoa
Postei perguntas novas, tem uma sobre poesia, tenho certeza que tocarás sua lira com todo brilho nela.
Os beijos e estrelas são proporcionalmente correspondentes ao tamanho do colar, e perdi a conta de quantas voltas ele dá.
Jura mesmo que volta? Sm vc fica faltando alguma coisa no yr! Não podemos viver sem vc!!! muitos beijos!!!
até amanhã, até amanhã se deus quiser- ataulfo alves?
Ta chovendo mulher na sua orta em rapa..... Ta bem na fita.
Poeta,
não deixe mesmo de voltar. Ficaremos sentindo a sua falta.
Uma otima viagem.
chatnoirvan
Ta bom, Boa Noite!
Noel Rosa (Carnaval de 1933)
Até amanhã, se Deus quiser
Se não chover,
Eu volto pra te ver, ó, mulher!
De ti gosto mais que outra qualquer
Não vou por gosto
O destino é quem quer
Adeus é pra quem deixa a vida
à sempre na certa em que eu jogo
Três palavras vou gritar por despedida
"Até amanhã, até já, até logo!"
O mundo é um samba em que eu danço
Sem nunca sair do meu trilho
Vou cantando o seu nome sem descanso
Pois do meu samba tu és o estribilho
Eu sei me livrar do perigo
No golpe de azar eu não jogo
à por isso que risonho eu te digo:
"Até amanhã, até já, até logo!"
Gravada originalmente em 1932 na Odeon por João Petra de Barros, acompanhado pelo Gente Boa, e lançada em discos 78 rpm. Esta gravação não contém a última estrofe aqui apresentada.
Outras gravações conhecidas são as de Almirante (no rádio, 1946), Gilberto Alves (1952), MarÃlia Batista (1952), Britinho (piano, 1956), Dilermando Pinheiro (1957), Carolina Cardoso de Menezes, Luiz Roberto (1961), Trio Irakitan (1961), Sambistas da Guanabara (1961), SÃlvio Caldas (1962), Waldir Calmon (1962), Ciro Monteiro, Aracy de Almeida (1966), Radamés Gnattali e Orquestra, Banda do Canecão (1967), Elizeth Cardoso & Jacob do Bandolim (1968), Marlene com Blecaute & Nuno Roland (1968), Jair Rodrigues (1969), Moreira da Silva (1973), Os Velhinhos Transviados (1975), Pedro Vargas & SÃlvio Caldas (1978), Grupo dos Foliões (1978), Arthur Moreira Lima (piano, 1978), Horacina Correa & Tamba Trio, Os Três Moraes (1973), Grupo 10.001 & Vocal Documenta (1975), Conjunto Coisas Nossas (1983), MPB-4 (1987), Saraiva (sax-soprano), Comando Geral, Banda Carioca, Guiba (cavaquinho, 1995), As Gatas, Coral da Escola de Samba Unidos de Vila Isabel (1996), Ivan Lins & EmÃlio Santiago (1997), entre outras.
Após a dissolução do Bando de Tangarás em 1932, Noel recebeu um convite de Francisco Alves para integrar o conjunto Ases do Samba, substituindo Lamartine Babo - que estava adoentado - numa excursão pelo sul do paÃs. O grupo era formado por Nonô (piano), Peri Cunha (bandolim), Noel (violão), além de Mário Reis e Francisco Alves (vocais). A formação original incluÃa Chico e Mário cantando e Lamartine contando piadas e fazendo paródias. Quando surgiu a oportunidade de excursionar pelo sul, Francisco Alves queria que o grupo original fosse mantido, mas Lamartine, enfermo, não podia se ausentar do Rio. Daà o convite a Noel e a estruturação do novo Ases do Samba.
Em Porto Alegre, Noel apaixonou-se por uma moça (fato comum em sua vida), vizinha da pensão onde se hospedara. João Máximo e Carlos Didier nos contam de onde veio a inspiração de Noel para compor Até amanhã1:
"Na véspera de tomar o navio, Noel conversa com a morena, ele da sua pensão, ela na janela da casa em frente. Chove muito. Noel gostaria que estivessem juntos em vez de separados pelo aguaceiro que desaba sobre a rua estreita. Alguém a chama lá dentro. A morena entra apressada, com tempo apenas para dizer:
- Até amanhã...
Não haverá amanhã. Noel viaja sem voltar a vê-la. No navio que o leva de Porto Alegre a Florianópolis, completa o samba que começou a escrever no seu quarto de pensão".
Pelo seu próprio conteúdo, o destino tornou Até amanhã, vamos assim dizer, um hino de despedida, principalmente para artistas poderem finalizar seus shows, constrangendo o público a pedir o bis.
Boa viagem e vá na fé irmão!!!!
Bon voyage! Au revoir!
Estranho...
Por esse jeito de falar...
Acho que sei quem é você poeta.
Beijinhos.
Até meu grande Poeta, vá e volte com Deus, beijão.