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Ele faz a diferença entre os dois sentidos mais usados: o primeiro, o estabelecimento da cultura como um índice hierárquico de conhecimento, educação, sabedoria e até mesmo inteligência. Pretende-se entender como esse índice um acervo de paradigmas guardados na memória, trazidos ao indivíduo por meio de leituras, exposições específicas à saberes de mundo considerados “cultos”, análises de obras de arte, línguas faladas etc. Desta forma, confunde a ideia de inteligência com esse acervo, em vez de entendê-la na sua capacidade lógica-cognitiva. Esse conceito se mostra, contudo, como uma forma de estabelecimento de poder, regida por algum tipo de “instância” que é capaz de determinar e legitimar, de forma classificativa, o que se é “cultura” e o que não é. Com isso, o conceito é apropriado para a discriminação e segregação de determinados grupos sociais, orientação sexual, gênero etc.

Espero ter ajudado.

Abraços.

O texto de RM está aqui, em pdf ...

http://naui.ufsc.br/files/2010/09/DAMATTA_voce_tem...

Boa sorte !