A obra é escrita na forma de carta a uma prima do autor, D..., relatando seu amor por uma jovem, Carlota, nome o qual só é revelado nos últimos capítulos do livro.
Inicia-se a história, no Rio de Janeiro, quando o narrador perde o ônibus por um atraso de cinco minutos e é obrigado a pegar o próximo. Senta-se ao lado de uma mulher. Apaixona-se por ela, mas não vê seu rosto e teme que a mulher seja feia; ela parte pedindo que não a esqueça, mas ele a perde. Depois de um mês tentando descobrir quem é a amada, a encontra numa ópera (La Traviata, de Giuseppe Verdi), declara-se mas ela foge deixando um lenço cheio de lágrimas.
Depois de outros desencontros, finalmente o narrador conhece a mulher e declara-se. Por carta, ela revela que já o observava nos bailes, amava-o há tempos mas não podiam ficar juntos porque ela tinha uma doença incurável. Nesta mesma carta diz: Parti hoje para Petrópolis, sem previnir-te, e coloquei entre nós o espaço de vinte e quatro horas e uma distância de muitas léguas. No dia seguinte ela partiria para Europa junto de sua mãe. Ela pede ao narrador para que, com tranqüilidade, fosse até ela, se quisesse viver esse amor, mesmo com ela doente.
De barco, se dirigiam à Glória, onde, por ser mais próximo da casa de Carlota, pretendia desembarcar. Porém quando passava diante da Ilha de Villegagnon, se viu diante do paquete inglês que estava a partir. Ele e Carlota deram um longo olhar. O narrador partiria no próximo paquete. Em todos os portos e lugares por onde o narrador passava haveria um bilhete de Carlota, que estava o esperando.
Se encontram enfim. Passam dez dias na Europa; à beira da morte, Carlota pede um beijo e no exato instante em que se beijam, por milagre, a moça se reanima e vive. Passam um ano na Europa, onde casam e montam casa num lugar retirado de Minas, numa provinciazinha.
Cinco minutos foi o tempo que o rapaz se atrasou; quando tomou o ônibus atrasado, conheceu uma estranha e se apaixonou. Após muito procurar pela voz misteriosa (não conseguiu ver seu rosto), conseguiu apenas a resposta de que não poderiam se juntar pela própria moça. Ela viaja, ele a segue, eles se encontram, se declaram e ele parte para achar uma carta dela.
Na carta ela revela estar mortalmente doente e que está privando-se do amor apenas para não haver a dor da separação.
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A obra é escrita na forma de carta a uma prima do autor, D..., relatando seu amor por uma jovem, Carlota, nome o qual só é revelado nos últimos capítulos do livro.
Inicia-se a história, no Rio de Janeiro, quando o narrador perde o ônibus por um atraso de cinco minutos e é obrigado a pegar o próximo. Senta-se ao lado de uma mulher. Apaixona-se por ela, mas não vê seu rosto e teme que a mulher seja feia; ela parte pedindo que não a esqueça, mas ele a perde. Depois de um mês tentando descobrir quem é a amada, a encontra numa ópera (La Traviata, de Giuseppe Verdi), declara-se mas ela foge deixando um lenço cheio de lágrimas.
Depois de outros desencontros, finalmente o narrador conhece a mulher e declara-se. Por carta, ela revela que já o observava nos bailes, amava-o há tempos mas não podiam ficar juntos porque ela tinha uma doença incurável. Nesta mesma carta diz: Parti hoje para Petrópolis, sem previnir-te, e coloquei entre nós o espaço de vinte e quatro horas e uma distância de muitas léguas. No dia seguinte ela partiria para Europa junto de sua mãe. Ela pede ao narrador para que, com tranqüilidade, fosse até ela, se quisesse viver esse amor, mesmo com ela doente.
De barco, se dirigiam à Glória, onde, por ser mais próximo da casa de Carlota, pretendia desembarcar. Porém quando passava diante da Ilha de Villegagnon, se viu diante do paquete inglês que estava a partir. Ele e Carlota deram um longo olhar. O narrador partiria no próximo paquete. Em todos os portos e lugares por onde o narrador passava haveria um bilhete de Carlota, que estava o esperando.
Se encontram enfim. Passam dez dias na Europa; à beira da morte, Carlota pede um beijo e no exato instante em que se beijam, por milagre, a moça se reanima e vive. Passam um ano na Europa, onde casam e montam casa num lugar retirado de Minas, numa provinciazinha.
Eu tenho!!
Cinco Minutos conta a hstória do casamento do autor com Carlota. No entanto, para o leitor, parece que está escutando uma história que não é para ele, já que Alencar dirige seu texto a uma prima. O leitor aqui é uma terceira pessoa, um voyer que fica entre José de Alencar e sua prima. Ao mesmo tempo em que tenta levar o leitor a pensar que tudo é imaginário e faz parte das fantasias do autor, José de Alencar faz questão de narrar fatos verÃdicos da época, acontecimentos reais que marcaram o Rio de Janeiro no inÃcio do século. à tão minucioso nesse aspecto que até narra datas e horários etc. Atualmente as histórias do autor romântico passam como que quase infantis e ingênuas para o leitor moderno. São narrações em que o amor sempre vence, decisões passionais de amantes, amor e amor e amor. à época, os folhetins eram lidos pelas senhoras burgueses. Exagerando-se um pouco na dose, poderÃamos dizer que Alencar lembra remotamente, os livrinhos que embalam os sonhos de moças solteiras, no entanto não se pode deixar de dizer que sua escrita, linguagem, e modo estilÃsco são de extrema qualidade. Foi Alencar quem dissociou-se do modelo português da escrita para definitivamente inaugurar o texto nosso, brasileiro. Os livros Cinco Minutos e A Viuvinha falam sobre a vida burguesa. Suas personagens são personagens que, no fundo, representam o ideal acabado da vida burguesa, tropicalmente reproduzida na Corte brasileira. Em Cinco Minutos, o narrador-personagem está disponÃvel, da primeira à última página, para satisfazer a todos os caprichos de sua imaginação. Sem compromisso profissional algum, o aspecto financeiro de suas peregrinações atrás de Carlota não chegam jamais a preocupá-lo.
Cinco minutos foi o tempo que o rapaz se atrasou; quando tomou o ônibus atrasado, conheceu uma estranha e se apaixonou. Após muito procurar pela voz misteriosa (não conseguiu ver seu rosto), conseguiu apenas a resposta de que não poderiam se juntar pela própria moça. Ela viaja, ele a segue, eles se encontram, se declaram e ele parte para achar uma carta dela.
Na carta ela revela estar mortalmente doente e que está privando-se do amor apenas para não haver a dor da separação.
Ele persegue-a até a doca onde está o paquete que a levará a Europa e, perdendo o navio, toma o próximo. Na Europa encontra-se com ela e dá-lhe um beijo; o beijo leva Carlota (ela revelou o nome na carta) a se recuperar.
Eles casam-se e permanecem na Europa por um ano; retornam ao Brasil e estabelecem-se no campo. Contado sob a forma de uma carta do jovem à sua prima, este livro é um exemplo clássico do Romantismo ao mostrar um amor puro, casto, duradouro e curativo, sentido por duas almas gêmeas perfeitas, com o destino interpondo-se no caminho e resolvendo-se no final.