O caso da Miriam Cordeiro foi mais grave porque foi problema familiar usado na campanha eleitoral. Mas o caso da Miriam Dutra é igualmente desonesto, pois fala de dois supostos abortos e do nascimento de um filho (que se comprovou não ser filho de FHC, e mesmo assim, ele continuou sustentando financeiramente o rapaz). Segundo FHC, quando foram feitos os exames de DNA, o vínculo afetivo já existia e o resultado não o alterou. Quanto aos pagamentos, Miriam Dutra foi clara ao dizer que o dinheiro vinha do bolso de FHC, ou seja, não há acusação de corrupção ou uso de dinheiro público, no máximo de sonegação. Além disso, as datas do início dos pagamentos e da redução de salário não coincidem - ela disse que passou a receber salário de emprego fictício a partir de 2002 porque sofreu redução de salário, mas segundo o empregador (Rede globo), a redução de salário só ocorreu em 2004. Sua história tem muitas falhas. Alegar que seu filho seria de FHC contrariando dois exames de DNA é complicado. Erro nas datas também não contribuem para sua credibilidade. A Folha de São Paulo foi leviana ao publicar a matéria, mostrando claramente seu apoio ao Governo - já faz tempo que a Folha tem mostrado seu apoio ao Governo. O Datafolha estimou em 200 mil pessoas a manifestação Pro-Impeachment - não havia 2 milhões como calculou a PMSP, mas havia mais de 1 milhão - e depois teve que se justificar alegando que só levou em consideração um trecho da Paulista sem as imediações.