A intuição é um conhecimento imediato - alcançado sem intermediários -, um tipo de pensamento direto, uma visão súbita. Por isso é inexprimível: Como poderíamos explicar em palavras a sensação do vermelho ? Ou a intensidade do meu amor ou ódio ? É também um tipo de conhecimento impossível de ser provado ou demonstrado. No entanto, a intuição é importante por possibilitar a invenção, a descoberta, os grandes saltos do ser humano. A intuição expressa-se de diversas maneiras, entre as quais destacamos a empírica, a inventiva, e a intelectual.
A intuição empírica é o conhecimento imediato baseado em uma experiência que independe de qualquer conceito. Ela pode ser:
* sensível, quando percebemos pelos órgãos dos sentidos: o calor do verão, as cores primavera, o som do violino, o odor do café, o sabor doce;
* psicológica, quando temos a experiência interna imediata de nossas percepções, emoções, sentimentos e desejos. A intuição inventiva é a intuição do sábio, do artista, do cientista ao descobrirem soluções súbitas, como uma hipótese fecunda ou uma inspiração inovadora. Na vida doária também enfrentamos situações que exigem verdadeiras invenções súbitas, desde o diagnóstico de um médico até a solução prática de um problema caseiro. Segundo o matemático e filósofo Henri Poincaré, enquanto a lógica nos ajuda a demonstrar, a invenção só é possível pela intuição. A intuição intelectual procura captar diretamente a essência do objeto. Descartes, quando chegou à consciência do cogito - o eu pensante -, considerou tratar-se de uma primeira verdade que não podia ser provada, mas da qual não se poderia duvidar: Cogito, ergo sum, que em latim significa "penso, logo existo". A partir dessa intuição primeira (a existência do eu como ser pensante), estabeleceu o ponto de partida para o método da filosofia e das ciências modernas.
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A intuição é um conhecimento imediato - alcançado sem intermediários -, um tipo de pensamento direto, uma visão súbita. Por isso é inexprimível: Como poderíamos explicar em palavras a sensação do vermelho ? Ou a intensidade do meu amor ou ódio ? É também um tipo de conhecimento impossível de ser provado ou demonstrado. No entanto, a intuição é importante por possibilitar a invenção, a descoberta, os grandes saltos do ser humano. A intuição expressa-se de diversas maneiras, entre as quais destacamos a empírica, a inventiva, e a intelectual.
A intuição empírica é o conhecimento imediato baseado em uma experiência que independe de qualquer conceito. Ela pode ser:
* sensível, quando percebemos pelos órgãos dos sentidos: o calor do verão, as cores primavera, o som do violino, o odor do café, o sabor doce;
* psicológica, quando temos a experiência interna imediata de nossas percepções, emoções, sentimentos e desejos. A intuição inventiva é a intuição do sábio, do artista, do cientista ao descobrirem soluções súbitas, como uma hipótese fecunda ou uma inspiração inovadora. Na vida doária também enfrentamos situações que exigem verdadeiras invenções súbitas, desde o diagnóstico de um médico até a solução prática de um problema caseiro. Segundo o matemático e filósofo Henri Poincaré, enquanto a lógica nos ajuda a demonstrar, a invenção só é possível pela intuição. A intuição intelectual procura captar diretamente a essência do objeto. Descartes, quando chegou à consciência do cogito - o eu pensante -, considerou tratar-se de uma primeira verdade que não podia ser provada, mas da qual não se poderia duvidar: Cogito, ergo sum, que em latim significa "penso, logo existo". A partir dessa intuição primeira (a existência do eu como ser pensante), estabeleceu o ponto de partida para o método da filosofia e das ciências modernas.