Por isso, o Papa está cada vez mais cansado e é obrigado a usar uma bengala para se locomover além de usar uma plataforma com rodas, empurrada por funcionários do Vaticano, para atravessar a Basílica de São Pedro. Nos últimos meses, novamente por motivos de saúde, reduziu seus compromissos públicos, viagens e audiências.
"Quando um Papa chega a consciência de que não é mais fisicamente, mentalmente e espiritualmente capaz de realizar suas funções, em algumas circunstâncias, tem o direito, até mesmo o dever de renunciar", disse Bento XVI em 2010 ao jornalista alemão Peter Seewald, em uma longa entrevista publicada em forma de livro sob o título A Luz do Mundo.
Em discurso ao Consistório dos Cardeais reunidos diante dele, o Papa declarou que o faz "bem consciente da gravidade deste ato" e "com plena liberdade".
Por isto, apesar do grande sentimento de vazio e de perplexidade deste momento solene de nossa história, nada nos autoriza moralmente a duvidar do gesto do Santo Padre e nem deixar de depositar em Deus nossa confiança.
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Por isso, o Papa está cada vez mais cansado e é obrigado a usar uma bengala para se locomover além de usar uma plataforma com rodas, empurrada por funcionários do Vaticano, para atravessar a Basílica de São Pedro. Nos últimos meses, novamente por motivos de saúde, reduziu seus compromissos públicos, viagens e audiências.
"Quando um Papa chega a consciência de que não é mais fisicamente, mentalmente e espiritualmente capaz de realizar suas funções, em algumas circunstâncias, tem o direito, até mesmo o dever de renunciar", disse Bento XVI em 2010 ao jornalista alemão Peter Seewald, em uma longa entrevista publicada em forma de livro sob o título A Luz do Mundo.
Parece que esse dia chegou para ele.
bom eu acredito que ele não tem mais capacidade ,mas ninguém sabe ao certo
Na manhã deste dia 11 de fevereiro, memória de Nossa Senhora de Lourdes, fomos colhidos pela notÃcia espantosa de que o Santo Padre, o Papa Bento XVI, renunciou ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro.
Em discurso ao Consistório dos Cardeais reunidos diante dele, o Papa declarou que o faz "bem consciente da gravidade deste ato" e "com plena liberdade".
à evidente que a renúncia de um Papa é algo inaudito nos tempos modernos. A última renúncia foi de Gregório XII em 1415. A notÃcia nos deixa a todos perplexos e com um grande sentimento de perda. Mas este sentimento é um bom sinal. à sinal de que amamos o Papa, e, porque o amamos, estamos chocados com a sua decisão.
Diante da novidade do gesto, no entanto, já começam a surgir teorias fabulosas de que o Papa estaria renunciando por causa das dificuldades de seu pontificado ou que até mesmo estaria sofrendo pressões não se sabe de que espécie.
O fato, porém, é que, conhecendo a personalidade e o pensamento de Bento XVI, nada nos autoriza a arriscar esta hipótese. No seu livro Luz do mundo (p. 48-49), o Santo Padre já previa esta possibilidade da renúncia. Durante a entrevista, o Santo Padre falava com o jornalista Peter Seewald a respeito dos escândalos de pedofilia e as pressões:
"Pergunta: Pensou, alguma vez, em pedir demissão?
Resposta: Quando o perigo é grande, não é possÃvel escapar. Eis por que este, certamente, não é o momento de demitir-se. Precisamente em momentos como estes é que se faz necessário resistir e superar as situações difÃceis. Este é o meu pensamento. à possÃvel demitir-se em um momento de serenidade, ou quando simplesmente já não se aguenta. Não é possÃvel, porém, fugir justamente no momento do perigo e dizer: "Que outro cuide disso!"
Pergunta: Por conseguinte, é imaginável uma situação na qual o senhor considere oportuno que o Papa se demita?
Resposta: Sim. Quando um Papa chega à clara consciência de já não se encontrar em condições fÃsicas, mentais e espirituais de exercer o encargo que lhe foi confiado, então tem o direito – e, em algumas circunstâncias, também o dever – de pedir demissão.
Ou seja, o próprio Papa reconhece que a renúncia diante de crises e pressões seria uma imoralidade. Seria a fuga do pastor e o abandono das ovelhas, como ele sabiamente nos exortava em sua homilia de inÃcio de ministério: "Rezai por mim, para que eu não fuja, por receio, diante dos lobos" (24/04/2005)."
Se hoje o Papa renuncia, podemos deduzir destas suas palavras programáticas, é porque vê que seja um momento de serenidade, em que os vagalhões das grandes crises parecem ter dado uma trégua, ao menos temporária, à barca de Pedro.
Podemos também deduzir que o Santo Padre escolheu o timing mais oportuno para sua renúncia, considerando dois aspectos:
Ele está plenamente lúcido. Seria realmente bastante inquietante que a notÃcia da renúncia viesse num momento em que, por razões de senilidade ou por alguma outra circunstância, pudéssemos legitimamente duvidar que o Santo Padre não estivesse compos sui (dono de si).
Estamos no inÃcio da quaresma. Com a quaresma a Igreja entra num grande retiro espiritual e não há momento mais oportuno para prepararmos um conclave através de nossas orações e sacrifÃcios espirituais. O novo PontÃfice irá inaugurar seu ministério na proximidade da Páscoa do Senhor.
Por isto, apesar do grande sentimento de vazio e de perplexidade deste momento solene de nossa história, nada nos autoriza moralmente a duvidar do gesto do Santo Padre e nem deixar de depositar em Deus nossa confiança.
Peçamos com a Virgem de Lourdes que o Senhor, mais uma vez, derrame o dom do EspÃrito Santo sobre a sua Igreja e que o Colégio dos Cardeais escolha com sabedoria um novo Vigário de Cristo.
Nosso coração, cheio de gratidão pelo ministério de Bento XVI, gostaria que esta notÃcia não fosse verdade. Mas, se confiamos no Papa até aqui, porque agora negar-lhe a nossa confiança? Como filhos, nos vem a vontade de dizer: "não se vá, não nos deixe, não nos abandone!"
Mas não estamos sendo abandonados. A Igreja de Cristo permanecerá eternamente. O que o gesto do Papa então pede de nós, é mais do que confiança. à fé!
Fé naquelas palavras ditas por Nosso Senhor a São Pedro e a seus sucessores: "As portas do inferno não prevalecerão!" (Mt 16, 18).
Estas palavras permanecem inabaláveis através dos séculos!
Joao paulo vai voltar.. profecia de sao malaquias
na verdade eu to pouco me fo/dendo para isso.