VASO GREGO
Esta de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deuses servir como cansada
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.
Era o poeta de Teos que a suspendia
Então, e, ora repleta ora esvasada,
A taça amiga aos dedos seus tinia,
Toda de roxas pétalas colmada.
Depois... Mas o lavor da taça admira,
Toca-a, e do ouvido aproximando-a, às bordas
Finas hás-de lhe ouvir, canora e doce,
Ignota voz, qual se da antiga lira
Fosse a encantada música das cordas,
Qual se essa voz de Anacreonte fosse.
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Características parnasianas no Poema Vaso Grego:
*Soneto - constituído de duas quadras (estrofe com quatro versos) e de dois tercetos (estrofe com três versos).
* A preferência por metros como o alexandrino de tipo francês e o decassílabo;
*Elementos descritivos em vez de narrativos;
*A descrição rigorosamente objetiva do vaso;
* O exotismo ("estranho mimo", 1º verso; "coração doentio", 6º verso; "calor sombrio", 8º verso; "singular figura", 11º verso; "olhos cortados", 14º verso);
* A plasticidade, com seus efeitos poesia-pintura, presente em todo poema; as rimas ricas ("vi-o", 1º verso / luzidio", 3º verso ; "vendo-a", 12º verso / "amêndoa", 14º verso)
* Impassibilidade (não há sentimentalismo excessivo);
* Precisão vocabular e sua correção gramatical; ênfase no sensorial e suas sinestesias ("tinta ardente", 8º verso; "calor sombrio", 8º verso)
* Ausência de juízos de valor a respeito do cotidiano ou da realidade;
Espero ter ajudado!