May 2021 9 70 Report
Quantos Julhos cabem num caminho?

E eis que houve um julho num frio qualquer.

Nem tanto rude que eu queira esquecer,

nem tanto longe que me desencante;

E o que era o anseio de uma só mulher,

luzes ou brumas de incerto mister ,

rabisca agora o verso dissonante;

Poeira estelar aglutinada e fria

do Nada surge a consciente energia

sopro do Acaso à versão dos ateus.

Minha bonita e jovem mãe, como era,

a quem no inverno via a primavera

chamava o Acaso de outro nome: Deus!

Seria ingrato reclamar. Amigos

muitos, amores diletos; Imigos?

Só se eu esqueci. Não lembro de nenhum.

Assim, antes que esqueça enquanto escrevo

quero te amar o que preciso e devo

ainda que isso não seja tão comum.

Pela janela desse trem que corre

em slides rápidos como a vida escorre

os julhos vão passando velozmente;

Depois... - esse advérbio é tão traiçoeiro! -

avisa nunca o instante derradeiro...

O agora não engana, nunca mente

Meus irmãos longe, minha doce irmã

havemos de esperar sempre o amanhã?

Somem, as trilhas, poucas, dos meus pais...

Extinguimo-nos nesse Nada inicial?

Pergunto-lhes. O que vale afinal?

o amor de agora ou o incerto nunca mais?

.

laço melódico:

http://www.youtube.com/watch?v=zTZkk66pd1I

.

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