Antítese é uma figura de linguagem (figuras de estilo) que consiste na exposição de idéias opostas. Ocorre quando há uma aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos. Esse recurso foi especialmente utilizado pelos autores do período Barroco. O contraste que se estabelece serve, essencialmente, para dar uma ênfase aos conceitos envolvidos que não se conseguiria com a exposição isolada dos mesmos. É uma figura relacionada e muitas vezes confundida com o paradoxo. Várias antíteses podem ser feitas através de Amor e Ódio, Sol e Chuva, Paraíso e Inferno, Deus e Diabo.
Um paradoxo é uma declaração aparentemente verdadeira que leva a uma contradição lógica, ou a uma situação que contradiz a intuição comum. Em termos simples, um paradoxo é "o oposto do que alguém pensa ser a verdade". A identificação de um paradoxo baseado em conceitos aparentemente simples e racionais tem, por vezes, auxiliado significativamente o progresso da ciência, filosofia e matemática.
Simples. As oposições presentes na antÃtese são conciliáveis, ou seja, elas podem coexistir (existirem juntas). Já as oposições presentes no paradoxo são inconciliáveis, ou seja, NÃO podem coexistir!
Como assim? Vejamos o exemplo da bela música do Skank: Te ver
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Antítese é uma figura de linguagem (figuras de estilo) que consiste na exposição de idéias opostas. Ocorre quando há uma aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos. Esse recurso foi especialmente utilizado pelos autores do período Barroco. O contraste que se estabelece serve, essencialmente, para dar uma ênfase aos conceitos envolvidos que não se conseguiria com a exposição isolada dos mesmos. É uma figura relacionada e muitas vezes confundida com o paradoxo. Várias antíteses podem ser feitas através de Amor e Ódio, Sol e Chuva, Paraíso e Inferno, Deus e Diabo.
Um paradoxo é uma declaração aparentemente verdadeira que leva a uma contradição lógica, ou a uma situação que contradiz a intuição comum. Em termos simples, um paradoxo é "o oposto do que alguém pensa ser a verdade". A identificação de um paradoxo baseado em conceitos aparentemente simples e racionais tem, por vezes, auxiliado significativamente o progresso da ciência, filosofia e matemática.
Simples. As oposições presentes na antÃtese são conciliáveis, ou seja, elas podem coexistir (existirem juntas). Já as oposições presentes no paradoxo são inconciliáveis, ou seja, NÃO podem coexistir!
Como assim? Vejamos o exemplo da bela música do Skank: Te ver
Te ver e não te querer
à improvável, é impossÃvel
Te ter e ter que esquecer
à insuportável
à dor incrÃvel...
Vejamos:
"Te ver" e "...não te querer" são idéias opostas. Mas que coexistem, ou melhor, têm que coexistir (como é difÃcil esquecer a pessoa de que se gosta, não é mesmo?)
Da mesma forma "Te ter" e "... ter que esquecer" são idéias opostas que coexistem.
Temos, portanto, dois exemplos de ANTÃTESES.
Agora, observe o próximo trecho:
à como mergulhar no rio
E não se molhar
à como não morrer de frio
No gelo polar
Como alguém pode "... mergulhar no rio" e "... não se molhar"?
Como alguém pode "... não morrer de frio" estando "... no gelo polar"?
Trata-se de oposições completamente inconciliáveis, que não coexistem. São, portanto, PARADOXOS!
O mais famoso paradoxo, com toda certeza, é o trecho abaixo, de LuÃs Vaz de Camões:
Amor é fogo que arde sem se ver;
à ferida que dói e não se sente;
à um contentamento descontente;
à dor que desatina sem doer;
Em destaque temos oposições completamente inconciliáveis. Contentamento descontente!?Como? Que paradoxo!