Saulo de Tarso era judeu e perseguiu religiosamente muito um rapaz chamado Jeziel. Saulo enamorou-se de Abgail, sem saber que ela era a irmã de desse tal Jeziel. Jeziel, depois chamado de Estevão, pregava em nome de Jesus e Saulo odiava os cristãos. Perseguiu tanto que acabou por provocar a morte de Estevão, depois de conseguir encarcerá-lo. A irmã dele, então noiva de Saulo, adoeceu e morreu. Saulo então odiou ainda mais os cristãos. Foi até Damasco perseguir um cristão de nome Ananias e Jesus se mostrou a ele nos portões de Damasco. Ele ficou cego e o próprio Ananias cuidou dele até a recuperação de sua visão. Saulo se tornou cristão e foi viver no deserto, fazendo serviços com couro, com um casal de cristãos que eu não lembro o nome agora. Quando se sentiu preparado para pregar a palavra de Cristo, ele voltou a Jerusalém para falar com Pedro. Viveu na Casa do Caminho por algum tempo e depois saiu para pregar entre os gentios. Seu primeiro milagre foi a favor de um senhor chamado Sérgio Paulo. Assim ele adotou o nome de Paulo (de origem grega). Mas jamais esqueceu seu amada Abgail e o remorso de ter contribuído para a morte de Estevão. Por isso ele nunca se casou.
E daí? Ele também foi um dos apóstolos mais usados por Deus e não é o fato de não adotar o celibato que o torna menos santo do que alguém que assim consentiu. Santidade não está relacionado com ser casado ou ser casto, mas sim no grau de intimidade que se tem para com Deus.
O casamento poderia trazer muitas dificuldades aos sacerdotes:
1)-Jesus Cristo é o verdadeiro sacerdote e foi celibatário; então, a Igreja vê n'Ele o modelo do verdadeiro sacerdote que, pelo celibato, se conforma ao grande Sacerdote. Jesus deixou claro a Sua aprovação e recomendação ao celibato para os sacerdotes, quando disse: “Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda” (Mateus 19,12).
2)-É por isso que, desde o ano 306, no Concílio de Elvira, na Espanha, o celibato se estendeu por todo o Ocidente, até que em 1123 o Concílio universal de Latrão I o tornou obrigatório.
3)-É preciso dizer que a Igreja não impõe o celibato a ninguém; ele deve ser assumido livremente e com alegria por aqueles que têm essa vocação especial de se entregar totalmente ao serviço de Deus e da Igreja. É uma graça especial que o Senhor concede aos chamados ao sacerdócio e à vida religiosa. Assim, o celibato é um sinal claro da verdadeira vocação sacerdotal. No início do Cristianismo a grandeza do celibato sacerdotal ainda não era possível; por isso São Paulo escreve a Timóteo, que o grande Apóstolo colocou como bispo de Éfeso, dizendo: “O epíscopo ou presbítero deve ser esposo de uma só mulher” (1Tm 3, 2). Estaria, por isso, o padre hoje obrigado a se casar? Não.
4)-O Apóstolo dos gentios tinha em vista uma comunidade situada em Éfeso, cujos membros se converteram em idade adulta, muitos deles já casados. Dentre esses o Apóstolo deseja que sejam escolhidos para o sacerdócio homens casados (evitando os viúvos recasados). Já no ano 56, São Paulo, que optou pelo celibato, escrevia aos fiéis de Corinto (cf. 1Cor 7,25-35) enfatizando o valor do celibato: “Aos solteiros e às viúvas digo que lhes é bom se permanecessem como eu. Mas se não podem guardar a continência que se casem” (1Cor 7,8). “Não estás ligado a uma mulher? Não procures mulher”.
5)-São Paulo se refere às preocupações ligadas ao casamento (orçamento, salário, educação dos filhos...).
E enfatiza: “Quem não tem esposa, cuida das coisas do Senhor e do modo de agradar à esposa, e fica dividido.
6)-Alguns querem culpar o celibato pelos erros de uma minoria de padres que se desviam do caminho de Deus. A queda desses padres no pecado não é por culpa do celibato, e sim por falta de vocação, oração, zelo apostólico, mortificação, etc; tanto assim que a maioria vive na castidade e por uma longa vida. Quantos e quantos padres e bispos vivendo em paz e já com seus cabelos brancos! O casamento poderia trazer muitas dificuldades aos sacerdotes. Não nos iludamos, casados, eles teriam todos os problemas que os leigos têm, quando se casam.
7)-O primeiro é encontrar, antes do diaconato, uma mulher cristã exemplar que aceite as muitas limitações que qualquer sacerdote tem em seu ministério. Essa mulher e mãe teria de ficar muito tempo sozinha com os filhos. Depois, os padres casados teriam de trabalhar e ter uma profissão, como os pastores protestantes, para manter a família. Quantos filhos teriam? Certamente não todos que talvez desejassem. Teriam certamente que fazer o controle da natalidade pelo método natural Billings, que exige disciplina. A esposa aceitaria isso?
Além disso, podemos imaginar como seria nocivo para a Igreja e para os fiéis o contratestemunho de um padre que por ventura se tornasse infiel à esposa e mãe dos seus filhos! Mais ainda, na vida conjugal não há segredos entre marido e mulher.
"Todo o que deixar por amor de meu nome a casa, ou os irmãos, ou as irmãs, ou o pai, ou a mãe, ou a mulher, ou os filhos, ou as fazendas, receberá cento por um e possuirá a vida eterna" (Mt. XIX, 29).
É patente, por esse texto que Jesus aconselha alguns a deixarem a mulher para serví-Lo. E É O QUE FAZEM OS SACERDOTES CATÓLICOS.
Bastaria esse texto do próprio Deus Homem, Cristo, para ter comprovado o valor e a liceidade do celibato sacerdotal. Mas, para atender melhor a seu pedido, cito outros textos.
O mesmo Cristo Jesus nos disse:
"Nem todos são capazes desta resolução, mas somente aqueles a quem isto foi dado. Porque há alguns eunucos que nasceram assim, do ventre de sua mãe; e há outros eunucos, a quem outros homens fizeram tais; e há outros eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor ao Reino dos Céus. O que é capaz de compreender isto, compreenda-o" (Mt. XIX, 11-12).
Evidentemente, Cristo não estava pedindo uma mutilação física, do mesmo modo que, quando disse que era melhor arrancar o olho do que pecar com ele, não estava incentivando que os homens se cegassem. Cristo, falando em "eunucos" voluntários, se referia àqueles que, por amor a Deus, renunciavam à mulher, como vimos na citação anterior.
E o próprio Cristo – Sacerdote por excelência -- nos deu seu exemplo, não se casando. Devem os sacerdotes imitá-lo.
O discípulo amado por Cristo era São João, que se manteve virginal. São João Batista, de quem Jesus disse não haver maior homem nascido de mulher, foi virgem também.
A Bíblia não nos ensina apenas com palavras, mas com exemplos de vida também.
O próprio São Paulo escreveu que o casamento era bom, mas que permanecer, como ele, "em estado de virgindade é melhor".
"Digo também aos solteiros e às viúvas que lhes é bom se permanecerem assim, como também eu. Mas, se não tem o dom da continência, casem-se" (I Cor. VII, 8-9).
Portanto, São Paulo, nesse texto, se afirma solteiro, e diz que aos solteiros é bom permanecer como ele.
Quanto ao fato de que São Pedro fora casado, não há dúvida disso. Só que quando Cristo cura sua sogra, está dito que, tendo sido curada da febre por Jesus, "ela levantou-se, e pôs-se a serví-los" (Mt. VIII, 14) . Ora, se São Pedro ainda tivesse mulher, seria natural que esta, e não a sogra de Pedro, os servisse. Portanto, São Pedro já devia ser viúvo quando conheceu Cristo, e, por isso, nunca se fala da mulher dele.
A Igreja Católica sempre defendeu o matrimônio e o casamento como estabelecidos por Deus, e condenou as seitas gnósticas, maniquéias e cátaras que proibiam o casamento.
A IGREJA CONSIDERA, COM SÃO PAULO, QUE CASAR É BOM, MAS NÃO CASAR POR AMOR A DEUS É MELHOR. Por isso, ela criou a lei do celibato para os que livremente queiram ser sacerdotes de Cristo. Se o Sumo Sacerdote, Cristo, viveu virginalmente, os seus sacerdotes devem imitá-Lo.
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Saulo de Tarso era judeu e perseguiu religiosamente muito um rapaz chamado Jeziel. Saulo enamorou-se de Abgail, sem saber que ela era a irmã de desse tal Jeziel. Jeziel, depois chamado de Estevão, pregava em nome de Jesus e Saulo odiava os cristãos. Perseguiu tanto que acabou por provocar a morte de Estevão, depois de conseguir encarcerá-lo. A irmã dele, então noiva de Saulo, adoeceu e morreu. Saulo então odiou ainda mais os cristãos. Foi até Damasco perseguir um cristão de nome Ananias e Jesus se mostrou a ele nos portões de Damasco. Ele ficou cego e o próprio Ananias cuidou dele até a recuperação de sua visão. Saulo se tornou cristão e foi viver no deserto, fazendo serviços com couro, com um casal de cristãos que eu não lembro o nome agora. Quando se sentiu preparado para pregar a palavra de Cristo, ele voltou a Jerusalém para falar com Pedro. Viveu na Casa do Caminho por algum tempo e depois saiu para pregar entre os gentios. Seu primeiro milagre foi a favor de um senhor chamado Sérgio Paulo. Assim ele adotou o nome de Paulo (de origem grega). Mas jamais esqueceu seu amada Abgail e o remorso de ter contribuído para a morte de Estevão. Por isso ele nunca se casou.
Sugiro que o amigo leia o livro Paulo e Estevão.
É muito esclarecedor sobre a vida do apóstolo Paulo.
Mas respondendo a sua questão, Paulo foi prometido a uma moça que morreu em tenra idade devido aos desmandos do império Romano.
Ele nunca mais se relacionou com outras mulheres e ela o amparou e acompanhou durante toda sua jornada de paz e amor.
Leia o livro! É fantástico ! Maravilhoso!
E daí? Ele também foi um dos apóstolos mais usados por Deus e não é o fato de não adotar o celibato que o torna menos santo do que alguém que assim consentiu. Santidade não está relacionado com ser casado ou ser casto, mas sim no grau de intimidade que se tem para com Deus.
O casamento poderia trazer muitas dificuldades aos sacerdotes:
1)-Jesus Cristo é o verdadeiro sacerdote e foi celibatário; então, a Igreja vê n'Ele o modelo do verdadeiro sacerdote que, pelo celibato, se conforma ao grande Sacerdote. Jesus deixou claro a Sua aprovação e recomendação ao celibato para os sacerdotes, quando disse: “Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda” (Mateus 19,12).
2)-É por isso que, desde o ano 306, no Concílio de Elvira, na Espanha, o celibato se estendeu por todo o Ocidente, até que em 1123 o Concílio universal de Latrão I o tornou obrigatório.
3)-É preciso dizer que a Igreja não impõe o celibato a ninguém; ele deve ser assumido livremente e com alegria por aqueles que têm essa vocação especial de se entregar totalmente ao serviço de Deus e da Igreja. É uma graça especial que o Senhor concede aos chamados ao sacerdócio e à vida religiosa. Assim, o celibato é um sinal claro da verdadeira vocação sacerdotal. No início do Cristianismo a grandeza do celibato sacerdotal ainda não era possível; por isso São Paulo escreve a Timóteo, que o grande Apóstolo colocou como bispo de Éfeso, dizendo: “O epíscopo ou presbítero deve ser esposo de uma só mulher” (1Tm 3, 2). Estaria, por isso, o padre hoje obrigado a se casar? Não.
4)-O Apóstolo dos gentios tinha em vista uma comunidade situada em Éfeso, cujos membros se converteram em idade adulta, muitos deles já casados. Dentre esses o Apóstolo deseja que sejam escolhidos para o sacerdócio homens casados (evitando os viúvos recasados). Já no ano 56, São Paulo, que optou pelo celibato, escrevia aos fiéis de Corinto (cf. 1Cor 7,25-35) enfatizando o valor do celibato: “Aos solteiros e às viúvas digo que lhes é bom se permanecessem como eu. Mas se não podem guardar a continência que se casem” (1Cor 7,8). “Não estás ligado a uma mulher? Não procures mulher”.
5)-São Paulo se refere às preocupações ligadas ao casamento (orçamento, salário, educação dos filhos...).
E enfatiza: “Quem não tem esposa, cuida das coisas do Senhor e do modo de agradar à esposa, e fica dividido.
6)-Alguns querem culpar o celibato pelos erros de uma minoria de padres que se desviam do caminho de Deus. A queda desses padres no pecado não é por culpa do celibato, e sim por falta de vocação, oração, zelo apostólico, mortificação, etc; tanto assim que a maioria vive na castidade e por uma longa vida. Quantos e quantos padres e bispos vivendo em paz e já com seus cabelos brancos! O casamento poderia trazer muitas dificuldades aos sacerdotes. Não nos iludamos, casados, eles teriam todos os problemas que os leigos têm, quando se casam.
7)-O primeiro é encontrar, antes do diaconato, uma mulher cristã exemplar que aceite as muitas limitações que qualquer sacerdote tem em seu ministério. Essa mulher e mãe teria de ficar muito tempo sozinha com os filhos. Depois, os padres casados teriam de trabalhar e ter uma profissão, como os pastores protestantes, para manter a família. Quantos filhos teriam? Certamente não todos que talvez desejassem. Teriam certamente que fazer o controle da natalidade pelo método natural Billings, que exige disciplina. A esposa aceitaria isso?
Além disso, podemos imaginar como seria nocivo para a Igreja e para os fiéis o contratestemunho de um padre que por ventura se tornasse infiel à esposa e mãe dos seus filhos! Mais ainda, na vida conjugal não há segredos entre marido e mulher.
Padre não se casa. Sabiam vocês que ISSO ESTÁ na Bíblia?
COMO JUSTIFICAR, MESMO USANDO APENAS A BÍBLIA, QUE O CELIBATO SACERDOTAL TEM RAIZ NOS EVANGELHOS?
<http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&num=100&q...
A RESPOSTA É MUITO SIMPLES!
"Todo o que deixar por amor de meu nome a casa, ou os irmãos, ou as irmãs, ou o pai, ou a mãe, ou a mulher, ou os filhos, ou as fazendas, receberá cento por um e possuirá a vida eterna" (Mt. XIX, 29).
É patente, por esse texto que Jesus aconselha alguns a deixarem a mulher para serví-Lo. E É O QUE FAZEM OS SACERDOTES CATÓLICOS.
Bastaria esse texto do próprio Deus Homem, Cristo, para ter comprovado o valor e a liceidade do celibato sacerdotal. Mas, para atender melhor a seu pedido, cito outros textos.
O mesmo Cristo Jesus nos disse:
"Nem todos são capazes desta resolução, mas somente aqueles a quem isto foi dado. Porque há alguns eunucos que nasceram assim, do ventre de sua mãe; e há outros eunucos, a quem outros homens fizeram tais; e há outros eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor ao Reino dos Céus. O que é capaz de compreender isto, compreenda-o" (Mt. XIX, 11-12).
Evidentemente, Cristo não estava pedindo uma mutilação física, do mesmo modo que, quando disse que era melhor arrancar o olho do que pecar com ele, não estava incentivando que os homens se cegassem. Cristo, falando em "eunucos" voluntários, se referia àqueles que, por amor a Deus, renunciavam à mulher, como vimos na citação anterior.
E o próprio Cristo – Sacerdote por excelência -- nos deu seu exemplo, não se casando. Devem os sacerdotes imitá-lo.
O discípulo amado por Cristo era São João, que se manteve virginal. São João Batista, de quem Jesus disse não haver maior homem nascido de mulher, foi virgem também.
A Bíblia não nos ensina apenas com palavras, mas com exemplos de vida também.
O próprio São Paulo escreveu que o casamento era bom, mas que permanecer, como ele, "em estado de virgindade é melhor".
"Digo também aos solteiros e às viúvas que lhes é bom se permanecerem assim, como também eu. Mas, se não tem o dom da continência, casem-se" (I Cor. VII, 8-9).
Portanto, São Paulo, nesse texto, se afirma solteiro, e diz que aos solteiros é bom permanecer como ele.
Quanto ao fato de que São Pedro fora casado, não há dúvida disso. Só que quando Cristo cura sua sogra, está dito que, tendo sido curada da febre por Jesus, "ela levantou-se, e pôs-se a serví-los" (Mt. VIII, 14) . Ora, se São Pedro ainda tivesse mulher, seria natural que esta, e não a sogra de Pedro, os servisse. Portanto, São Pedro já devia ser viúvo quando conheceu Cristo, e, por isso, nunca se fala da mulher dele.
A Igreja Católica sempre defendeu o matrimônio e o casamento como estabelecidos por Deus, e condenou as seitas gnósticas, maniquéias e cátaras que proibiam o casamento.
A IGREJA CONSIDERA, COM SÃO PAULO, QUE CASAR É BOM, MAS NÃO CASAR POR AMOR A DEUS É MELHOR. Por isso, ela criou a lei do celibato para os que livremente queiram ser sacerdotes de Cristo. Se o Sumo Sacerdote, Cristo, viveu virginalmente, os seus sacerdotes devem imitá-Lo.
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