Eu faço medicina em uma universidade federal no Rio de Janeiro.
Há algumas disciplinas no curso de medicina que envolvem diretamente química, p.ex. bioquímica - estuda o metabolismo e a homeostasia endógena; farmacologia - estuda as drogas e suas interações com as estruturas corporais; toxicologia - é uma ramo da farmacologia que estuda as substâncias que são toxicas ao organismo; fisiologia - estuda as funções das substâncias e os fenômenos naturais do corpo; equilíbrio hidro-eletrolítico e ácido-básico.
A química permeia muitas outras disciplinas do curso de medicina como endocrinologia, microbiologia, histologia, patologia...a química está presente em quase todas as cadeiras clínicas e cirúrgicas do curso...p.ex. quando eu estudei cardiologia, vi várias drogas que são usadas no tratamento de hipertensão arterial, li sobre suas estruturas, seus mecanismos de ação...
Mas a química no curso médico não é cobrada, em geral, como no ensino médio ou numa facul de algum curso de química...é uma química aplicada, que serve como base para entender os sinais e sintomas de uma doença...p.ex. quando uma célula muscular tem necessidade de realizar um exercício físico rápido, vimos que a glicólise não se completa, ela para em uma reação antes do final de toda cascata glicolítica, já que não há oxigênio, aprendemos que o resultado disso é o lactato, o que leva a dor muscular após um exercício extenuante...etc...
Bem...é isso..qualquer dúvida é só mandar um e-mail.
Os conceitos químicos usados no curso de medicina não ultrapassam muito aqueles ensinados no ensino médio. Estuda-se tangencialmente química, ou seja, alguns conceitos e operações básicas de química são usados no estudo de algumas disciplinas( bioquímica, farmacologia).
Como não existe na grade curricular desse curso as disciplinas de cálculo diferencial e integral, geometria analítica, algebra linear, física( não biofísica), termodinâmica etc, torna-se praticamente impossível o estudo da química em um nível mais avançado.
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Olá, Jessica !!
Eu faço medicina em uma universidade federal no Rio de Janeiro.
Há algumas disciplinas no curso de medicina que envolvem diretamente química, p.ex. bioquímica - estuda o metabolismo e a homeostasia endógena; farmacologia - estuda as drogas e suas interações com as estruturas corporais; toxicologia - é uma ramo da farmacologia que estuda as substâncias que são toxicas ao organismo; fisiologia - estuda as funções das substâncias e os fenômenos naturais do corpo; equilíbrio hidro-eletrolítico e ácido-básico.
A química permeia muitas outras disciplinas do curso de medicina como endocrinologia, microbiologia, histologia, patologia...a química está presente em quase todas as cadeiras clínicas e cirúrgicas do curso...p.ex. quando eu estudei cardiologia, vi várias drogas que são usadas no tratamento de hipertensão arterial, li sobre suas estruturas, seus mecanismos de ação...
Mas a química no curso médico não é cobrada, em geral, como no ensino médio ou numa facul de algum curso de química...é uma química aplicada, que serve como base para entender os sinais e sintomas de uma doença...p.ex. quando uma célula muscular tem necessidade de realizar um exercício físico rápido, vimos que a glicólise não se completa, ela para em uma reação antes do final de toda cascata glicolítica, já que não há oxigênio, aprendemos que o resultado disso é o lactato, o que leva a dor muscular após um exercício extenuante...etc...
Bem...é isso..qualquer dúvida é só mandar um e-mail.
Não,
Os conceitos químicos usados no curso de medicina não ultrapassam muito aqueles ensinados no ensino médio. Estuda-se tangencialmente química, ou seja, alguns conceitos e operações básicas de química são usados no estudo de algumas disciplinas( bioquímica, farmacologia).
Como não existe na grade curricular desse curso as disciplinas de cálculo diferencial e integral, geometria analítica, algebra linear, física( não biofísica), termodinâmica etc, torna-se praticamente impossível o estudo da química em um nível mais avançado.
Não,em geral mais biologia.