A instituição escolar ocupa um espaço peculiar no centro das discussões ocupado por pais, educadores, pedagogos e até por personalidades no Brasil. João Jardim com seu documentário Pro dia nascer feliz possibilitou que a chama reflexiva a respeito desse assunto seja ainda mais avivada.
Longe de romancear a imagem da educação em nosso país, o cineasta promove uma leitura dinâmica da realidade que permeia as escolas nos grandes centros urbanos do Nordeste e do Sudeste. Distintos quadros se apresentam entre as instituições retratadas, mas tal diversidade permite enxergar o cerne em que reside o problema educacional, que é a divisão de classes atrelado à falta de administração pública.
O contato com a obra de João Jardim revela a dificuldade que há em avaliar o complexo labor travado pelos educadores diante da imensa carência das escolas, tanto no âmbito estrutural como na falta de suporte psicológico. Chega-se à conclusão de que as escolas brasileiras estão doentes, beirando a um coma, e não há vontade política para prestar socorro ao moribundo.
Em meio a essa problemática estão os alunos, perdidos entre questões pessoais e o envolvimento com o desvelar social. O abismo que divide as classes sócio-econômicas se torna claro quando o espectador se depara com o mosaico construído pelo cineasta. De um lado estão os alunos pertencentes à elite, com conflitos existenciais e com a “imensa” dificuldade em conciliar exigência escolar e vida social. Por outro lado, há os marginalizados que beiram ao precipício, sofrendo diante dos apelos da criminalidade, e os que batalham para simplesmente chegar à escola, como no caso dos que moram no interior do Recife.
Mais que um simples convite ao lazer, o documentário revela a educação sob uma nova perspectiva, porque se trata de uma entidade pouco respeitada, embora possua grande valor. Graças a João Jardim, o sistema educacional adquire status por ser discutido a partir do conceito artístico e, independentemente do alcance de soluções permite a difusão de ricas reflexões.
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A instituição escolar ocupa um espaço peculiar no centro das discussões ocupado por pais, educadores, pedagogos e até por personalidades no Brasil. João Jardim com seu documentário Pro dia nascer feliz possibilitou que a chama reflexiva a respeito desse assunto seja ainda mais avivada.
Longe de romancear a imagem da educação em nosso país, o cineasta promove uma leitura dinâmica da realidade que permeia as escolas nos grandes centros urbanos do Nordeste e do Sudeste. Distintos quadros se apresentam entre as instituições retratadas, mas tal diversidade permite enxergar o cerne em que reside o problema educacional, que é a divisão de classes atrelado à falta de administração pública.
O contato com a obra de João Jardim revela a dificuldade que há em avaliar o complexo labor travado pelos educadores diante da imensa carência das escolas, tanto no âmbito estrutural como na falta de suporte psicológico. Chega-se à conclusão de que as escolas brasileiras estão doentes, beirando a um coma, e não há vontade política para prestar socorro ao moribundo.
Em meio a essa problemática estão os alunos, perdidos entre questões pessoais e o envolvimento com o desvelar social. O abismo que divide as classes sócio-econômicas se torna claro quando o espectador se depara com o mosaico construído pelo cineasta. De um lado estão os alunos pertencentes à elite, com conflitos existenciais e com a “imensa” dificuldade em conciliar exigência escolar e vida social. Por outro lado, há os marginalizados que beiram ao precipício, sofrendo diante dos apelos da criminalidade, e os que batalham para simplesmente chegar à escola, como no caso dos que moram no interior do Recife.
Mais que um simples convite ao lazer, o documentário revela a educação sob uma nova perspectiva, porque se trata de uma entidade pouco respeitada, embora possua grande valor. Graças a João Jardim, o sistema educacional adquire status por ser discutido a partir do conceito artístico e, independentemente do alcance de soluções permite a difusão de ricas reflexões.
Outro texto:
http://www.webartigos.com/articles/22106/1/resenha...